Crescimento da inadimplência das empresas da capital caiu para menos da metade
As empresas de Belo Horizonte continuam inadimplentes, mas em percentuais cada vez menores. De acordo com o Indicador de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (/BH), em setembro deste ano houve aumento de 7,24% no número de pessoas jurídicas endividadas, na comparação anual (Set.17/Set.16). Entretanto esse crescimento representa menos da metade do que foi registrado em setembro do ano anterior ( 15,31%). "Este resultado indica que, de forma gradual, as empresas estão conseguindo regularizar suas finanças e reduzir a inadimplência", comenta a economista da /BH, Ana Paula Bastos.
A desaceleração do crescimento da inadimplência das empresas se justifica pela queda na inflação (IPCA acumulado dos últimos meses até setembro em 2,54% - de acordo com dados do IBGE) e da taxa de juros menor (Set.17 em 8,25%/Set.16 em 14,25% - de acordo com o Banco Central). "A inflação em queda contribui para que o custo de vida das famílias fique mais baixo e devolva o seu poder de compra. Com isso, as pessoas estão voltando a consumir, aumentando a receita das empresas. Já os juros menores proporcionam a negociação das dívidas", explica Ana Paula. "Além disso, a redução na taxa de desemprego (2ºtri. 17 em 13,2%/1º tri. 16 em 14,5% - segundo o IBGE) aumentou a renda em circulação", completa. Na base de comparação mensal (Set.17/Ago.17), houve aumento de 1,39% no número de pessoas jurídicas inadimplentes em Belo Horizonte.
Na análise da pesquisa por CNAE, o segmento que detém a maior quantidade de empresas devedoras registradas é o setor de serviços, com alta 9,84% na variação anual (Set.17/Set.16), seguida pelo comércio ( 6,35%) e indústria ( 5,73%). Os setores de agricultura (-6,52%) e outros estabelecimentos (-7,07%) apresentaram queda.
Número de dívidas das empresas ainda cresce, mas em ritmo menor
O indicador de dívidas de pessoas jurídicas em atraso, junto ao SPC da /BH, apresentou em setembro de 2017 crescimento de 1,71% na comparação com o mês anterior (Set.17/Ago.17). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Set.17/Set.16), foi verificado um aumento de 5,18%. "As pessoas ainda estão consumindo menos, e isso interfere no caixa das empresas e na capacidade de quitação dos débitos. Mas, é importante observar que o indicador, como o da inadimplência, está crescendo em ritmo menor", explica a economista da /BH.
Em setembro do ano passado, o número de débitos em atraso de pessoas jurídicas cresceu 16,78%. O percentual atual é menos de um terço do que foi registrado para o mesmo mês de 2016. "Essa desaceleração é reflexo do início da recuperação da economia e da redução do desemprego", conclui.
O numero médio de dívidas de pessoas jurídicas em setembro de 2017 foi de 2,05 por CNPJ.
Baixe os gráficos e comparativos da pesquisa em: https://goo.gl/oB6m9v
Metodologia - Os indicadores de inadimplência apresentados nesse material contêm todas as informações disponíveis nas bases de dados a que o SPC Brasil e as /BH têm acesso.
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