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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 26-10-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência entre as empresas cresce na Capital

Porém, resultado de levantamento da /BH sinaliza melhora do cenário


A inadimplência entre pessoas jurídicas da capital mineira subiu 7,24% em setembro, no confronto com igual período do ano passado. Apesar da alta, o índice correspondeu a menos da metade do registrado há um ano (15,31%) na mesma base de comparação, sinalizando uma recuperação das empresas, que têm encontrado um pouco menos de dificuldades para colocar em ordem a vida financeira. O dado, divulgado ontem, faz parte do Indicador de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH).

A economista da -BH, Ana Paula Bastos, explica que a queda da inflação, combinada com o recuo na taxa de juros e a diminuição, ainda que pequena, do desemprego propiciaram no último ano condições mais favoráveis aos empresários do município.

"Tivemos a redução da inflação, que diminuiu o custo de vida das pessoas; uma leve queda da taxa de desemprego do primeiro para o segundo trimestre, com impacto positivo na receita das empresas; e as taxas de juros em patamares menores, que fizeram com que a negociação da dívida ficasse mais fácil. A conjunção desses três fatores contribuiu para a desaceleração do indicador de inadimplência entre as empresas", pondera a economista.

O setor de serviços, apesar da desaceleração, continua sendo aquele com maior alta na inadimplência. Na comparação com o mesmo mês de 2016, a elevação foi de 9,84% em setembro deste ano. Ana Paula Bastos explica que a atividade tradicionalmente costuma sentir mais o impacto em períodos de crise, já que as pessoas, com o objetivo de cortar despesas, diminuem gastos, por exemplo, com salão de beleza, alimentação fora de casa e viagens.

Em seguida, comércio ( 6,35%) e indústria ( 5,73%) fecharam o rol de setores com crescimento no número de empresas inadimplentes. Em caminho oposto, mas na mesma base, a agricultura (-6,52%) e outros estabelecimentos (-7,07%) revelaram recuo de pessoas jurídicas com dívidas pendentes. Na comparação com agosto, a inadimplência entre as empresas de Belo Horizonte fechou setembro com elevação de 1,39%.

Ritmo - As dívidas em atraso das pessoas jurídicas do município também subiram em ritmo mais lento em setembro deste ano. Em relação ao mesmo mês de 2016, a alta foi de 5,18%. Há um ano, na mesma base, o índice apontava crescimento de 16,78%. "As pessoas ainda estão consumindo menos, e isso interfere no caixa das empresas e na capacidade de quitação dos débitos. Mas é importante observar que o indicador, como o da inadimplência, está crescendo em ritmo menor", destaca Ana Paula.

Frente a agosto, as empresas registraram um aumento de 1,71% nos débitos pendentes em setembro. No último mês, o número médio de dívidas de pessoas jurídicas ficou em 2,05 por CNPJ.



Ana Paula Bastos destaca fatores como a redução dos juros para a desaceleração da inadimplência/Alisson J. Silva







Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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