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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 17-10-2017 - 07:32 -   Notícia original Link para notícia
Estudo mapeia sete tecnologias que já mudam a indústria no país

Internet das coisas e inteligência artificial alteram modelo de negócio de dez setores


-SÃO PAULO- - Sete tecnologias já têm impactos disruptivos (inovação que suplanta tecnologias existentes) em sistemas produtivos estratégicos da indústria brasileira: inteligência artificial, internet das coisas (IoT), produção inteligente e conectada, materiais avançados, nanotecnologia, biotecnologia e armazenamento de energia. Essas fontes de inovações vêm provocando mudanças significativas em modelos de negócio, padrões de concorrência e em estruturas de mercado para setores como agroindústria, química, petróleo e gás, bens de capital, automotivo, aeroespacial e defesa, tecnologia da informação e comunicação, bens de consumo e farmacêutico.


Os dados são do "Projeto Indústria 2027", da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com os institutos de economia da UFRJ e da Unicamp. Na atual fase do projeto, que será concluído em 2018, 40 pesquisadores brasileiros e estrangeiros identificaram e analisaram tecnologias de alta relevância para a indústria nacional e mundial, e o potencial de transformação de cada uma delas em dez setores produtivos.


Paulo Mól, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e coordenador da pesquisa, diz que há vários segmentos na indústria investindo em pesquisa, mas o número ainda é pequeno comparado ao de países como China, EUA e Alemanha:


- No mundo, até 2025, somente com pesquisas em inteligência artificial, serão movimentados US$ 60 bilhões.


Pesquisa da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) mostra que o país ainda está na fase de automação através da eletrônica, robótica e programação - estágio designado como o da Indústria 3.0. Países avançados estão um degrau acima, o da indústria 4.0, que combina automação com a inteligência artificial. O índice que mede a automação de um país é aferido pela relação da quantidade de robôs por dez mil funcionários. No Brasil, esse índice é de dez robôs/dez mil empregados. No Japão e na Coreia do Sul, são 400 equipamentos por grupo de dez mil pessoas. Nos EUA e Alemanha, de 300 por dez mil empregados.


Estudo da consultoria Frost & Sullivan apontou que o mercado de Internet das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão no Brasil, com a indústria automotiva e suas fornecedoras entre as que mais investem.


Mól lembra que os novos conceitos de processo produtivo implicarão grandes mudanças na formação dos profissionais empregados na indústria.


- Há necessidade de maior capacitação. O profissional não estará no chão de fábrica, será aquele que irá programar o robô para exercer a função. É preciso, neste sentido, a atuação mais forte das universidades - diz.


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