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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 09-10-2017 - 08:55 -   Notícia original Link para notícia
De olhos atentos no mercado infantil

A proximidade da data comemorativa dos pequenos mostra o potencial de negócios voltados para este público, que tem grande influência na hora das compras


ODia das Crianças é a quarta data comemorativa mais importante para o varejo, atrás somente do Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais. Que o digam os empreendedores focados no público infantil: de roupas que mais parecem brinquedos a espaços destinados à recreação, os negócios prosperam, mostrando que investir nos pequenos tem sido uma boa aposta, não só em outubro.


Tamanho não é documento para as empresas que trabalham no mercado infantil, que, independentemente do porte, têm conseguido driblar a crise - e o motivo principal tem a ver com o comportamento das crianças. Coadjuvantes nos processos de consumo no passado, os pequenos tornaram-se grandes influenciadores na hora das compras. A mudança de comportamento impõe ao empresário a necessidade de estar sempre atualizado sobre o perfil desse público.


Silvio Lachtermacher e Andréa Borges Silveira, proprietários da Lé Com Cré, sabem disso de cor e salteado. Especializada em 'roupas-brinquedo,' a loja nasceu há 10 anos, fruto da experiência dos sócios com a rotina do universo infantil. "Nosso filho tinha quatro anos quando começamos a empresa. A maternidade foi um laboratório para mim. Já estava inserida nesse mundo e foi fácil entender o que as crianças realmente gostam", diz Andrea, que na época largou a Publicidade para investir no negócio próprio.


O aporte de recurso inicial foi de R$ 6 mil, aplicados na compra de estoque e na participação em feiras. O retorno se deu em seis meses. A marca tem e-commerce, loja física e um quiosque, voltados para as vendas no varejo, e também tem operações no atacado - que responde pela maior parte da receita. Além disso, os sócios investem em franquias: são duas em Brasília. "Nos próximos três anos, queremos abrir uma unidade em cada capital do Brasil. Essa é a nossa meta", planeja Andrea.


O faturamento médio mensal da empresa é de R$ 150 mil - a margem de lucro fica entre 30% e 40%. Por mês, são vendidas cerca de 2 mil peças. De outubro a dezembro, esse número chega a dobrar. O carros-chefes de vendas são os vestidos de princesa; conjunto com recorte picotado nas pontas, capuz embutido na blusa com o rosto do lobo mau e na parte da barriga a imagem da vovó - que remete à história do Chapeuzinho Vermelho; além de roupas de praia de tubarão e sereias. RECREAÇÃO


Enquanto os pais vão às compras, os filhos se divertem. Essa é a proposta da Play Space, um espaço de recreação e atividades infantis que já tem três unidades em shopping centers da capital paulista. A proprietária da marca, Maria Eduarda Baumer, mãe de quatro filhos, abriu o negócio há 19 anos.


"Quando tivemos essa ideia, o conceito estava começando no Brasil. Focamos incialmente na questão da conveniência e da necessidade dos pais, mas agora também apostamos na recreação. Os pais saem de casa para levar seus filhos para o espaço independentemente de precisarem fazer algo", explica.


Para lançar o Play Space, a empresária investiu R$ 15 mil na época e o retorno do capital aconteceu em um ano. Cada unidade fatura R$ 120 mil e a margem de lucro gira em torno de 30%. Segundo Maria Eduarda, a crise passou longe do negócio: entre o primeiro semestre de 2016 e o mesmo período desse ano, o faturamento aumentou 17%. "Trabalhamos para oferecer novos serviços e soluções para atrair o público, que tem mais receio em gastar".


A Ri Happy aposta na venda de brinquedos e no entretenimento das crianças. Todo sábado, às 15h, três lojas-conceito (São Paulo, Recife e Salvador) colocam em prática o "Happy Sábado", com a organização de brincadeiras para o público visitante. A marca também investe em demonstradores, que são colaboradores que brincam e mostram como funcionam os produtos para os clientes. "Acreditamos que a experiência em loja é determinante para o encantamento das crianças e adultos", ressalta a diretora de Marketing, Flávia Drummond.



A rede tem 187 lojas em todo o Brasil, sendo 21 franquias. O investimento inicial para abrir uma unidade é de R$ 1,2 milhão. O prazo estimado de retorno é de 42 meses. O faturamento médio mensal previsto para cada franquia é de R$ 330 mil. "É importante destacar que o varejo de brinquedos é um negócio sazonal e a concentração de vendas fica no período de outubro a dezembro", acrescenta Flávia.


Palavras Chave Encontradas: Criança
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