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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 22-09-2017 - 07:42 -   Notícia original Link para notícia
País cria 35,4 mil empregos com carteira assinada em agosto


Rio continua na contramão, com 3.400 vagas fechadas este mês



Pelo 5º mês seguido, houve abertura de vagas. Mas, no Rio, emprego recuou. -BRASÍLIA- O Brasil abriu 35,4 mil empregos formais em agosto, no quinto mês consecutivo de geração de postos com carteira assinada. Na contramão do restante do país, no entanto, o Estado do Rio de Janeiro fechou 3.400 vagas com carteira no mês. O estado teve o segundo maior número de demissões de trabalhadores com carteira assinada em agosto em todo o país - apenas Minas Gerais registrou resultado pior. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram apresentados ontem pelo Ministério do Trabalho.





Em todo o país, em agosto, foram registradas 1.254.951 contratações e 1.219.494 demissões de trabalhadores. O saldo é o maior para agosto desde 2014. No acumulado entre janeiro e agosto, o Brasil gerou 163.417 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, no entanto, os números continuam negativos: houve mais demissões que contratações, e o país teve um corte de 544.658 postos de trabalho.



As contratações no mês passado foram puxadas pelos setores de serviços (23,2 mil), indústria (12,8 mil) e comércio (10,7 mil), com desempenho positivo em todas as regiões do país. O setor que mais fechou vagas de trabalho foi a agricultura (corte de 12,4 mil postos), por questões sazonais. RJ: 78 MIL POSTOS A MENOS ESTE ANO Agosto é tradicionalmente um mês favorável ao emprego, marcando o início do ciclo de aquecimento da economia por conta das festas de fim de ano. De toda a série histórica do Caged, iniciada em 1992, foram registrados resultados positivos em 20 meses de agosto e apenas cinco tiveram saldo negativo.



Enquanto o restante do país gera empregos, o Estado do Rio continua demitindo mais que contratando. Em agosto, 93,9 mil vagas foram abertas, mas outras 97,3 mil pessoas foram demitidas. Os dados do emprego no estado apontam para demissões maiores que contratações em todos os meses do ano. No acumulado entre janeiro e agosto, foram fechadas exatamente 78.175 vagas de trabalho. Nos últimos 12 meses, 175.798 postos com carteira assinada foram encerrados.



O coordenador-geral de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, avalia que o estado passa por uma crise "estrutural", principalmente no setor público, que afeta a renda e provoca demissões.



- O Rio de Janeiro tem uma crise econômica mais estrutural. O estado tem uma situação complicada na economia, por conta de uma crise que tem muito a ver com o governo. Funcionários e servidores públicos estão com salários atrasados, outros trabalhadores ficaram sem receber. Isso prejudica a geração de empregos - disse.



O setor da construção civil é o que mais teve fechamento de vagas em agosto no Rio: 2.293. Serviços (-857) e comércio (-676) também encerraram postos de trabalho. Apenas a indústria contratou, somando 660 novas vagas de trabalho formais. Na comparação entre os meses de agosto, este ano só não foi pior que 2016 - no ano passado, foram cortadas 28,3 mil vagas no estado, segundo o Caged.



A capital foi a cidade que mais demitiu, fechando 2.691 postos. Em todo este ano, até agosto, já foram encerradoa 48.111 vagas com carteira só na cidade do Rio.


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