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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 18-09-2017 - 08:42 -   Notícia original Link para notícia
Consumo crescerá mais rápido que previsto

Até 2019, volume de compras das famílias deve voltar ao patamar de 2014, antes do início da recessão


-SÃO PAULO -A liberação dos recursos do FGTS ajudou, mas a volta do consumo das famílias veio para ficar eé o que deve sustentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nesta fase inicial da retomada. Movimento que vai aquecer a venda de produtos e serviços, em geral de menor valor agregado, mais rápido do que era esperado no início do ano. A expectativa é de que o nível de consumo das famílias retorne ao patamar de 2014 (último ano de crescimento) até 2019. Parece distante, mas o fato é que ninguém previa a retomada a esse patamar antes de 2020.


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- Achávamos que a retomada seria liderada pelos investimentos, mas isso não vai acontecer porque a ociosidade está elevada. O que vamos ver é uma recuperação gradual com os investimentos das famílias à frente. O FGTS ajudou, mas temos de fato um aumento da renda disponível das famílias devido ao recuo da inflação, queda dos juros e uma tendência de alta da confiança (o emprego parou de piorar) - explica Rodolfo Margato, economista do banco Santander.


O resultado é que as empresas dos segmentos mais beneficiados nesse processo são estimuladas a adotar estratégias mais próativas: abertura de lojas, novos turnos de produção nas indústrias voltadas a bens de consumo e contratações são algumas das ações que devem ficar mais evidentes até o fim do ano e, principalmente, no ano que vem. MENOS MEDO DO DESEMPREGO O Santander projeta crescimento de 0,8% no consumo das famílias neste ano, acima da previsão para a expansão do PIB, de 0,7%. Para o ano que vem, a previsão é de que o consumo cresça 3,5% - número que não repõe o tombo de 8% acumulado entre 2015 e 2016.


Para Igor Velecico, economista do Bradesco, o medo do desemprego fez o consumidor se retrair muito a partir do final de 2015.


- Isso é positivo porque o consumo voltando mostra aos empresários que as coisas não estão tão ruins e de fato estamos saindo da recessão. A dúvida é o ritmo dessa retomada - diz o economista.


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