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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 18-09-2017 - 08:43 -   Notícia original Link para notícia
Vestuário, calçados e eletrônicos já registram aumento de vendas

Produtos mais baratos e beneficiados pelo FGTS puxam alta


A recuperação do varejo já começou a aparecer nos segmentos que comercializam bens de menor valor. Dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no ano, até julho, as vendas do segmento de calçados e vestuário crescem 7,1% ao ano, enquanto o comércio de uma forma geral cresce apenas 1,1%.


Crescimento similar registra itens de eletrodomésticos, que avançam 7,2% no ano. Vislumbrando a disseminação desse movimento, Magazine Luiza e a Farmais, por exemplo, já anunciaram planos de abertura de novas lojas. Essa é uma das formas de conquistar parte dessa demanda de consumo reprimida.


O cenário é impulsionado pelo segmento de eletroeletrônicos, que se beneficiou da liberação das contas inativas FGTS e do desligamento do sinal analógico em algumas regiões. No entanto, já há sinais de melhora em outros segmentos, como os produtos de linha branca, que engloba geladeiras e fogões APOSTA NA DEMANDA REPRIMIDA Sergei Epof, diretor de marketing da Panasonic no Brasil, afirma que a empresa conseguiu manter o crescimento nos últimos anos - em parte, pela saída de concorrentes que tiveram que fechar as portas. No entanto, reconhece que há a consolidação de uma retomada da demanda neste ano.


- Os consumidores conseguiram saldar algumas dívidas com os recursos do FGTS . Dessa forma, voltaram a consumir. Neste ano, em julho, abrimos um segundo turno na fábrica de Extrema (MG) - disse.


Uma das razões para esse otimismo está relacionado ao tombo no setor. Ou seja, depois da queda, a tendência é melhorar. Em televisões, por exemplo, as vendas saíram de um patamar de 12 milhões de unidades ao ano para 8 milhões. Outras categorias tiveram redução similar.


- A crise causou um grande represamento no consumo e isso vai voltar. O país tem um grande potencial. O mais importante para este ano é que parou de cair e agora já vemos o crescimento em algumas linhas - afirmou.


Raphael Galante, economista da Oikonomia Consultoria, lembra que, com a queda dos juros, o crédito está voltando, o que também ajuda o consumidor a tomar decisões de compras, mas alguns setores, que exigem desembolsos maiores das famílias e que não são considerados essenciais, devem demorar um pouco mais a reagir.


- O brasileiro se apertou porque passou a ganhar menos, o PIB per capita caiu. Agora que ele vê uma melhora, o racional é fazer primeiro o que é mais urgente, como o convênio de saúde ou colocar o filho de volta na escola particular. Itens de maior valor, como a venda de veículos, vão crescer em uma velocidade menor - avaliou. (A.P.R.)


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