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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 14-09-2017 - 07:01 -   Notícia original Link para notícia
MAN amplia produção em Resende e abre 300 vagas

Empresa investe R$ 1 bi em linha de caminhões para exportação


-SÃO PAULO- Ao anunciar o lançamento de uma nova linha de veículos, o maior projeto da empresa nos últimos dez anos, a MAN Caminhões informou ontem que está contratando 300 funcionários para sua fábrica em Resende, no Sul Fluminense. Inteiramente desenvolvido no centro de engenharia da fábrica brasileira, a nova família de caminhões, batizada de Delivery, chega ao mercado com versões de 3,5 a 13 toneladas de capacidade de carga, que são usadas para a distribuição urbana de produtos. O projeto todo, iniciado há cinco anos, soma quase R$ 1 bilhão.


MÁRCIA FOLETTO/13.7.2007Retomada. Fábrica da MAN, em Resende: em junho, unidade voltou a trabalhar 5 dias por semana


De acordo com o presidente da MAN, Roberto Cortes, o desenvolvimento do novo caminhão contou com a participação de 380 engenheiros. A nova família de veículos será produzida, ao menos por enquanto, somente na unidade brasileira, que se tornará a base para exportação.


- Temos como alvo 30 países neste primeiro momento, em América Latina, África e Oriente Médio, todos mercados parecidos com o brasileiro - explicou o executivo.


Cortes adiantou que, em novembro, o novo modelo será apresentado no México, mercado onde a companhia mantém uma unidade de montagem em sistema CKD (que recebe os veículos desmontados e os coloca no mercado).


- Devemos enviar para o México os kits de peças do veículo para serem montados - acrescentou.


Segundo a companhia, dos funcionários que estão sendo contratados, 200 serão alocados nas linhas de produção de caminhões e ônibus, enquanto os outros cem irão para o recém-criado centro para atendimento a clientes das marcas Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN, o Customer Forum.


FÉRIAS COLETIVAS ESTÃO DESCARTADAS


Com a melhora no ritmo de produção da unidade e a nova área de atendimento comercial, o presidente da MAN afirmou que não haverá férias coletivas na fábrica neste ano.


- Estamos confiantes de que as economias do Brasil e da América Latina continuarão a sua curva de retomada para os próximos meses e anos. Mantivemos nossos investimentos e já iniciamos um novo ciclo de aportes, que somarão mais R$ 1,5 bilhão até 2021 - afirmou Cortes.


Atualmente, a unidade brasileira da fabricante de caminhões, que faz parte do grupo Volkswagen, conta com 3.300 funcionários. A empresa já chegou a ter 4.500 empregados em Resende, antes da crise, que há três anos afeta duramente o setor de veículos pesados.


Além de sinais de reação no mercado doméstico, as exportações têm ajudado na retomada da produção. Este ano, as vendas externas da MAN devem somar 8.500 veículos, entre caminhões e ônibus, representando cerca de 30% da produção total de Resende.


Com isso, Cortes informou que, desde junho, a unidade de Resende voltou a trabalhar cinco dias por semana, depois de ter reduzido a jornada na produção por quase dois anos.


PRODUÇÃO DIÁRIA AUMENTA 20%


Além disso, para atender à demanda de exportações e às encomendas de grandes empresas, que voltaram às compras nos últimos meses, a montadora acordou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Resende a adoção de horas extras na fábrica até dezembro, com três sábados de trabalho por mês.


Assim, o ritmo de produção diário já passou de 107 unidades para 123 veículos, um incremento de cerca de 20% já considerando a nova linha Delivery.


Esse movimento, segundo Cortes, confirma que está em curso uma leve retomada da atividade no país, como indicam os dados do PIB. Para ele, as vendas de caminhões no mercado brasileiro este ano deverão ser semelhantes ao volume alcançado no ano passado - em torno de 50,5 mil unidades:


- Se empatar (com 2016), está bom. Até julho, a queda ainda era de 15% nas vendas. Não conseguiremos reverter esse quadro até dezembro. Agora, vamos entrar 2018 com uma perspectiva diferente, com o mercado crescente, e isso pode nos ajudar a manter um bom nível de evolução.


Para o próximo ano, as perspectivas são mais otimistas: de um aumento de dois dígitos nas vendas de veículos pesados, chegando próximo a 20%.


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