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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 07-09-2017 - 10:23 -   Notícia original Link para notícia
Setor produtivo prevê estímulo para economia

A redução da Selic foi comemorada pelo setor produtivo em Minas Gerais. Entidades apontam que a redução deverá ajudar a impulsionar a atividade econômica no País. Porém, ainda cobram o avanço nas reformas.

O presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Junior, vê com entusiasmo a redução da taxa Selic. "Sem dúvida foi uma decisão acertada, que aumenta a confiança do empresário e que estimula o investimento nos próximos meses," ratificou.

Segundo ele, a indústria mineira entende que a queda do juro básico da economia vem contribuindo para a redução do custo do crédito bancário no Brasil e, consequentemente, para a retomada da atividade econômica. "Exemplo disso é a expansão da indústria geral brasileira, que, após mais de dois anos de quedas sucessivas, acumula crescimento de 0,8% nesse ano", diz, em nota.

Também é importante destacar, conforme o comunicado da entidade, o crescimento de 0,2% no PIB nacional no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior. São avanços ainda tímidos, mas que, juntamente com a redução na taxa de desemprego observada nos últimos meses, sugerem o fim da recessão, avalia.

"É necessário valorizar o esforço de diversas autoridades na condução de reformas microeconômicas que melhoram o ambiente de negócios no País. O melhor exemplo ainda é o aperfeiçoamento da legislação trabalhista, mas esperamos que, em breve, possamos comemorar a simplificação da legislação tributária e o equacionamento da questão fiscal estrutural a partir de redução dos gastos, sobretudo os previdenciários", conclui.

O anúncio do Copom também foi comemorado pelo comércio. Em nota, o presidente da de Belo Horizonte (/BH), , afirma que mais uma vez, o BC decidiu, acertadamente, manter o ritmo de queda da taxa básica de juros. Ele aponta que com a queda da inflação e a desaceleração do crescimento da taxa de desemprego, a missão do governo agora é fomentar a atividade econômica, alavancar e incentivar os investimentos produtivos responsáveis pela geração de emprego e renda.

"O caminho para isto está na redução dos juros. No entanto, o governo tem que ser realista e promover uma redução que não comprometa a recuperação da atividade econômica e gere impacto negativo na inflação esperada para o próximo ano", diz.

Neste sentido, segundo ele, toda cadeia produtiva, inclusive o varejo, vê que a continuidade da queda da taxa de juros é um fator primordial para o crédito e o consumo, e o crescimento da atividade econômica. "Apesar de ainda não ter atingido o patamar ideal, a trajetória de queda dos juros é relevante para os setores de comércio e serviços que já vem sentindo os efeitos da diminuição da renda e do consumo", afirma.
Na avaliação de Falci, o decréscimo da taxa de juros tem que vir acompanhado da aprovação das reformas e de um controle da inflação, que aliadas a medidas que fomentem a atividade produtiva e a geração de emprego, comecem a alavancar a economia.

"Isoladamente, a queda dos juros ainda não é suficiente para o Brasil navegar, definitivamente, em águas calmas. Para deixarmos a recessão para trás, a recuperação tem que se manter sólida e não pode deixar-se contaminar pelo ambiente político", diz.



Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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