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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 27-07-2017 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Juro cai a 9,25% pela 1ª vez em quatro anos

Redução de 1 ponto percentual na taxa Selic é comemorada pelo governo, mas empresários pedem esforço para que o país consiga sair da recessão
Brasília - Depois de já ter se manifestado por meio do Twitter para comemorar a redução a taxa Selic em um ponto percentual, para 9,25% ao ano, a menor desde 2013, o presidente Michel Temer escalou o seu porta-voz, Alexandre Parola, para exaltar a decisão do Banco Central (BC). A nova taxa, contudo, não agradou tanto quanto o Planalto imagina. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avaliou que o BC está reduzindo o indicador em ritmo "muito mais devagar do que poderia", afirmou em nota o presidente da entidade, Paulo Skaf.

O porta-voz de Temer destacou o acerto da medida. "A taxa de 9,25% ao ano é a menor desde 2013 e reflete o acerto do conjunto de medidas que, desde seu primeiro momento, foram adotadas pelo governo do Presidente Michel Temer", disse Alexandre Parola. Embora tenha recebido bem a redução da Selic, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) disse, também por meio de nota, que a expansão do crédito no país é urgente - uma bandeira defendida há anos pela indústria mineira.

O presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, lembrou as consequências negativas dos juros reais mais altos do mundo: baixo investimento e consumo claudicante. Além da continuidade da redução da taxa, ele pede que a tentativa de aumento de impostos seja abortada o quanto antes. "Todo o esforço empreendido nas medidas de retomada econômica podem ser insuficientes com constantes aumentos de tributos. O Brasil precisa de mais eficiência de gestão, gerar mais recursos através da produtividade e não por decreto", afirma.

Mesmo que os efeitos da redução da taxa básica de juros não sejam sentidos em curto prazo, os cortes representam, ainda assim, um respiro para a economia, destacou o presidente da de Belo Horizonte, . "As altas taxas de juros vêm se constituindo, juntamente com outros indicadores econômicos, um dos entraves que impedem o Brasil de sair da recessão econômica. Para deixarmos a recessão para trás, a recuperação tem que se manter sólida e não minimizar a contaminação gerada pelo ambiente político", afirmou, em nota.

O Sistema Firjan, que reúne as indústrias do Estado do Rio de Janeiro, ressaltou em nota que, além de a inflação estar abaixo da meta, há muita ociosidade na indústria e o mercado de trabalho segue fraco. "Há espaço para queda significativa da taxa de juros." Ao comentar a decisão do Copom, a Firjan aproveitou para criticar a decisão do governo de elevar tributos para tentar cumprir a meta fiscal de 2017. Para a entidade, esta estratégia será negativa para a recuperação da economia.

Redes sociais Poucos minutos depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar a redução da taxa básica de juros de 10,25% ao ano para 9,25% ao ano, o presidenteTemer usou o Twitter para comemorar a decisão. "Juros abaixo de um dígito pela 1ª vez em 4 anos. Menor inflação em uma década. Com responsabilidade, estamos mudando o Brasil para melhor", escreveu. Temer destacou ainda que a redução dos juros incentiva investimentos produtivos que geram mais empregos. "Com trabalho, estamos colocando a economia nos trilhos."

A mesma estratégia foi adotada pelos ministros palacianos. Eliseu Padilha, da Casa Civil, também usou a rede social para se manifestar. "O BC reduziu a Selic - juros - para 1 digito, 9,25% ao ano. Menor taxa nos últimos 4 anos. Juros menores, mais empregos", escreveu.

O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, também exaltou a decisão do BC no Twitter: "#Selic foi cortada para 9,25% ao ano, primeira vez desde 2013 com juro abaixo de 10%. Recuperação da economia é crescente e não vai parar!"


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas
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