Cai o número de consumidores inadimplentes na capital mineira, aponta pesquisa da CDLCDL/BH

21 jul, 2017 por Jetss

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Textos publicado pelo Por Dentro de Minas.

O número de consumidores endividados de Belo Horizonte registrou queda de -0,23%, em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Jun.2017/Jun.2016). Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH). Para a economista da CDLCDL/BH, Ana Paula Bastos, essa retração é resultado do decréscimo do consumo devido à alta taxa de desemprego na capital, que passou de 13,0% no 1º trimestre de 2016 para 14,5% no 1º trimestre de 2017. "A entrada de recursos extras na

economia via FGTS, aliada à redução da inflação e da taxa de juros também contribuíram para essa queda", explicou a economista da CDLCDL/BH. Na variação mensal de devedores (Jun.2017/Mai.2017) a queda da inadimplência entre pessoas físicas foi de 1,05%.

Na abertura por faixa etária (variação anual Jun.2017/Jun.2016), o número de inadimplentes mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos, apresentou queda de -29,16%. Já a faixa etária acima de 50 anos registrou alta de 28,48%. A economista explica que esses dados mostram uma tendência que já vem sendo observada desde o início deste ano. "A redução da inadimplência entre os mais jovens se justifica pela entrada tardia no mercado de trabalho. Sem renda, não há consumo e, portanto, o endividamento é menor. Por outro lado, os adultos acima de 50 anos, que são responsáveis financeiros pelas famílias e muitos deles aposentados, sentiram mais o impacto do aumento do custo de vida e a redução na renda", ressalta.

Diminui o número de dívidas em atraso junto ao SPC também recua

O indicador de dívidas em atraso junto ao SPC apresentou, em junho de 2017, queda de 1,46% na comparação com maio deste ano. Na variação anual (Jun.17/Jun.16), o decréscimo foi ainda maior (-3,75%). "Esse recuo está relacionado ao baixo consumo e também à injeção de recursos extras do FGTS, que possibilitaram à população quitar seus débitos", explica Ana Paula.

Na abertura anual por faixa etária (Jun.17/Jun.16), a maioria das dívidas ficou concentrada no intervalo acima de 50 anos ( 25,70%). De acordo com pesquisa do Perfil do Inadimplente, a dívida média dos idosos gira em torno de R$ 2.156,00.

Inadimplência de pessoas jurídicas está maior

O levantamento da CDLCDL/BH também analisou a situação das empresas da capital mineira. Em junho de 2017, houve crescimento de 8,01% no número de pessoas jurídicas endividadas, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Jun.2017/Jun.2016). "Aumento dos custos, queda nas receitas e, consequentemente, nos lucros, impactam diretamente a capacidade de pagamento das empresas", analisa Ana Paula. A economista da CDLCDL/BH ressalta, porém, que mesmo em alta, esse crescimento vem desacelerando. "Em junho de 2016, o índice foi de 16,38%, mais do que o dobro que em 2017". Na comparação anual (Jun.17/Mai.17), o aumento no número de empresas inadimplentes em Belo Horizonte foi de 0,33%.

Com relação ao número de dívidas em atraso de pessoas jurídicas segundo o SPC, no mês de junho de 2017 foi registrado crescimento de 5,46% em relação ao mesmo período de 2016. "O momento adverso da economia fez com que o consumo das famílias desacelerasse devido à falta de confiança e ao desemprego. Esses fatores afetam diretamente a receita das empresas", afirma Ana Paula. Na comparação mensal (Jun.17/Mai.17), o índice foi de alta de 0,45%.

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