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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 14-07-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Preço de passagem não terá aumento

Prefeito de BH condiciona qualquer reajuste à auditoria nas contas das concessionárias
Com o último reajuste ocorrido na primeira semana deste ano, o transporte público coletivo da capital mineira tem o custo mais elevado do País, ao lado de Porto Alegre, ao preço de R$ 4,05. Nessa semana, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), voltou a falar sobre a abertura da "caixa-preta" da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), uma promessa de campanha que se referia à falta de informações concretas sobre as empresas de transporte público da Capital.

"Se não abrir a caixa-preta da BHTrans, ninguém mexe em preço de passagem. Azar da burocracia e dos empresários de ônibus", disse o prefeito, por meio de uma de suas redes sociais.

Já na última quarta-feira (12), Kalil apareceu numa live "ao vivo" no facebook e completou: "Não tem aumento de passagem se não tiver auditoria e ponto final. Não adianta sabotar a concorrência, pois a população está garantida com o preço de passagem", garantiu.

Em fevereiro, o prefeito anunciou que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) abriria licitação para contratar auditoria, que fará a análise de gastos e lucros das concessionárias. A expectativa é de que o resultado da apuração seja conhecido ainda em 2017. Em abril foi finalizado o período de consulta pública e há informações de que 54 propostas foram recebidas. A licitação deverá sair em breve.

O reajuste das passagens foi anunciado pelo ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), no último dia do ano passado. A tarifa nas principais linhas da cidade passou de R$ 3,70 para R$ 4,05, tornando-se uma das mais caras do País.

Comércio - Por meio de nota, a de Belo Horizonte (-BH), entidade que representa os setores de comércio e serviços da Capital, disse que apoia a conduta adotada pelo prefeito.

Conforme a entidade, no último reajuste, o impacto nas despesas das empresas empregadoras dos setores de comércio e serviços foi de mais de R$ 15 milhões, sendo as micro e pequenas empresas as mais prejudicadas.

"Os maiores usuários do transporte público são os trabalhadores, consequentemente, os principais pagadores são os empresários. Por isso, é tão importante que os mesmos possam participar do processo de precificação. Além de termos o direito de conhecer as etapas, podemos também oferecer oportunidades de melhorar a gestão dos recursos e sinalizar a necessidade de maior eficiência nos processos", declarou o presidente da -BH, .

Para o dirigente, no mundo atual não cabe mais processos engessados e restritivos e o que a BHTrans vem fazendo é isso. Tanto que, nos últimos três anos, o aumento do preço das passagens da cidade foi questionado pelo Ministério Público na Justiça.

"Estamos numa época de transparência, de economia colaborativa. O mundo caminha para isso e eles só se fecham, falam em planilhas e buscam aumentos, ao invés de nos deixarem participar do processo, conhecer os números e a realidade. Talvez assim, pudéssemos até concordar com o reajuste. Mas, para isso, precisávamos ter acesso aos balanços", argumentou.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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