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Estado de Minas Online ( Opinião ) - MG - Brasil - 23-06-2017 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Espaço do Leitor - Cidadão cobra atuação do MP

José Aparecido Ribeiro

Belo Horizonte

"Infelizmente, a situação está fora de controle e a desordem tomou conta do Centro de BH. Em nome da crise, vale tudo: impedir o direito da população de ir e vir; vender produto contrabandeado, fruto de descaminho; comercializar bens falsificados; vale até tráfico de drogas, em plena Praça Sete. Não tem limite e tudo isso com a conivência da Procuradoria de Defesa dos Direitos Humanos. Se você não acredita, circule pela região, mas não faça isso sozinho. A PM e a Guarda Municipal não garantem segurança pública em um cenário de desordem como aquele. Você deve estar achando que é brincadeira, mas não é. A prefeitura tem um plano para organizar a região, dando endereço para os camelôs e estabelecendo regras para andarilhos e moradores de rua, devolvendo os passeios para seus verdadeiros donos: a população. Mas o Ministério Público (MP), acreditem, instaurou inquérito contra a secretária da Regional Centro-Sul, só porque ela anunciou que faria a lei ser cumprida, aplicando o Código de Postura da cidade. A desconexão de alguns membros do MP com a realidade da cidade é algo que choca até os mais radicais. Em nome da 'liberdade', vale tudo no Centro de BH, até montar barraco e barracas nos passeios. Mas que liberdade é essa que permite a qualquer pessoa ocupar o espaço público, impedindo o direito de ir e vir? Isso é coisa de gente maluca, só pode. Ou de quem vive fora da realidade, ao defender tamanho absurdo. Pesquisa da mostra que, para cada camelô instalado no centro de BH, são dois empregos a menos no comércio formal. A Prefeitura fala em 700 pessoas, mas a Associação dos Comerciantes do Hipercentro revela que os números são três vezes maiores. A velocidade com que o problema cresce não é o mesmo das ações românticas do MP e nem da PBH. A situação é lastimável, pois há 17 anos não se via atividade ilegal nos passeios do Centro. A cidade está regredindo e, desta vez, com o apoio do guardião da lei. O comércio denuncia que a primeira quinzena de junho, data que coincide com o Dia dos Namorados, foi a pior da história em termos de vendas. A tradução, para os que ganham R$ 40 mil e têm emprego garantido, é simples: menos impostos e demissões. O tema merece atenção do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Existe um código de postura que não está sendo respeitado. A segurança está prejudicada e sem controle. Oficiais da PM revelam que já não sabem mais o que fazer, pois registra-se ali todo tipo de ilícito. O tema exige reação urgente das autoridades. Mas o MP pede prazo. Estima-se que, por dia, mais de 50 novos camelôs se instalam na região e já não é mais possível transitar nos passeios. Fica o protesto de cidadão contra a atitude incoerente do MP, que deveria fazer valer a lei, não a desordem."


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