São Paulo - O pessimismo cresce entre empresários da indústria de materiais de construção. Segundo o Termômetro Abramat de junho, apenas 9% dos fabricantes estão otimistas, ante 19% no mês anterior, e 41% estão pessimistas em relação ao governo federal.
"Os dados revelam que há muita preocupação por parte do empresariado sobre a economia e a situação política. A insegurança quanto aos rumos políticos faz com que se posterguem decisões de investimento, inclusive em novas edificações residenciais e comerciais", comentou em nota o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover.
A sondagem de expectativa das indústrias do setor em relação ao desempenho de vendas no curto prazo para o mercado interno também mostra queda no otimismo.
De acordo com o estudo, para julho, 72,8% dos associados acreditam que o desempenho nas vendas será regular contra 13,6% que consideram boa performance para o próximo mês.
"Embora o comércio de materiais de construção tenha dado sinais de recuperação, o mercado das construtoras deve continuar em queda enquanto perdurar a crise política e seus efeitos na economia", acrescenta Cover.
O Termômetro mostra ainda que 59% das indústrias de materiais pretendem investir nos próximos 12 meses. "Houve pequeno crescimento em relação a maio deste ano, quando 52% das empresas pretendiam investir", relata Cover, acrescentando que o aumento também é percebido na comparação com junho de 2016, quando 54% pretendiam realizar investimentos. Historicamente, esse índice fica na faixa de 75%.
Da redação
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