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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-06-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Prefeitura inicia mudanças no hipercentro

Kalil anunciou a remoção de ambulantes e moradores de rua da Capital, com meta de reinserção no mercado
Três meses após apresentar o Plano de Ação do Hipercentro com metas envolvendo a remoção de camelôs e moradores de rua, aumento de segurança e revitalização de calçadas, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) divulgou ontem as primeiras ações efetivas voltadas para os ambulantes que tomaram conta do centro da cidade nos últimos meses, com a crise econômica brasileira. De maneira geral, os camelôs têm até o fim do mês para sair das ruas.

O plano foi dividido em três etapas. Na primeira, o planejamento será direcionado aos camelôs e ambulantes e prevê a distribuição de comunicados informando sobre a intensificação da fiscalização e apreensão de mercadorias; ações de segurança com a Polícia Militar e a Polícia Civil; e convênio com entidades, visando à cooperação em ações de capacitação, locação e cadastro dos trabalhadores.

Os camelôs serão encaminhados de forma transitória a shoppings populares da Capital, onde pagarão valores simbólicos de aluguel, enquanto as medidas anunciadas pela prefeitura para reinserção dos trabalhadores no mercado de trabalho não forem concluídas. Segundo a secretária municipal de serviços urbanos, Maria Fernandes Caldas, em um primeiro momento, terá um chamamento público nos shoppings populares em que os camelôs não poderão pagar mais de R$ 50 de aluguel. Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos apurou que existem hoje 1.137 ambulantes e camelôs em situação irregular no hipercentro da Capital.

"Será uma ação transitória até a prefeitura aprovar na Câmara a operação urbana. Eles também vão passar por cursos de capacitação e, depois, assumir vagas definitivas em feiras, empresas e shoppings populares diferentes", garantiu.

Todo o planejamento foi feito em conjunto com o Ministério Público e Defensoria Pública de Minas Gerais.

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) lembrou que essas ações foram prometidas durante a campanha eleitoral e que desde que assumiu a prefeitura requisitou que as secretarias responsáveis tomassem as medidas necessárias para iniciar o processo de reabilitação da área central da capital mineira.

Desde então, informou, dezenas de reuniões foram feitas com todas as pastas envolvidas para que tudo saísse do papel. "Essa era uma reivindicação que eu tinha desde o início. E uma reivindicação que eu ouvia de todas as partes. Do presidente da -BH ( de Belo Horizonte) aos próprios comerciantes que pagam seus impostos e até daqueles que perderam seus empregos, por conta desta grave crise que se instalou em nosso País. Por isso, algo precisava ser feito", resumiu.

Ainda de acordo com Kalil, governantes têm por obrigação tomar medidas por vezes impopulares, às vezes até dolorosas. Mas, segundo ele, nada mais agradável do que fazer uma cidade girar. "Por isso, temos três ações muito difíceis nesse Plano de Ação para o hipercentro. A primeira delas diz respeito aos ambulantes e já começará a ser resolvida o quanto antes, com a assinatura deste decreto", disse. Na ocasião, também foi assinado o decreto que institui o Plano de Ação do Hipercentro, que foi publicado no Diário Oficial do Município de hoje (20).

As demais medidas, às quais também se referiu o prefeito, são relativas aos usuários de drogas da cidade e aos moradores de rua da Capital. "Vamos tentar melhorar a cidade e entregá-la melhor que recebemos. Este é apenas o primeiro passo. Um passo sem volta, humano e definitivo. Aos críticos digo apenas que estamos aqui para governar fazendo o que é necessário, com carinho, trabalho e competência", concluiu.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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