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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 14-06-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Setor amargou recuo de 1,57% em Belo Horizonte

O comércio de Belo Horizonte amargou queda nas vendas, no mês de abril, em todas as bases comparativas. Em relação a março, houve recuo de 1,57%. Na comparação com abril de 2016, a redução foi de 0,17%. Já no acumulado do ano, a retração foi de 0,11% e, nos últimos 12 meses, de 1,32%. Segundo a economista da de Belo Horizonte (-BH), Ana Paula Bastos, o grande responsável por esse quadro é o desemprego. "A taxa de desemprego no primeiro trimestre deste ano é de 14,5%. No mesmo período do ano passado, era de 13%", diz, lembrando que o alto índice de desempregados impacta negativamente na renda da população e reduz o dinheiro em circulação.

Além disso, há o fato de o mês de abril ter tido dois feriados - Semana Santa e Tiradentes -, o que causou o esvaziamento da Capital. O quarto mês do ano teve 18 dias úteis, enquanto março teve 22. Nem mesmo a Páscoa foi suficiente para alavancar significativamente as vendas.

Apesar dos dados negativos, o Termômetro de Vendas, divulgado ontem pela -BH, apontou uma redução no ritmo dos índices de queda registrados pelo comércio. No comparativo abril 2016/abril 2015, por exemplo, a redução foi de 2,93%. Em abril de 2016, em relação ao mês anterior, as vendas tiveram queda de 1,92%.

Segundo Ana Paula Bastos, essa característica mostra a influência dos indicadores positivos atingidos este ano, como queda da inflação e da taxa de juros. Também há interferência da liberação do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que levou à diminuição da inadimplência.

De acordo com a economista, há uma recuperação em curso, com perspectivas de melhoras nas vendas em datas comemorativas, como Dia das Mães e Dia dos Namorados. Entretanto, a melhora ainda não é suficiente para compensar as perdas de 2016.

Ainda segundo Ana Paula Bastos, a instabilidade do quadro político, após as delações que envolveram o presidente Michel Temer (PMDB), podem ter impactado na confiança dos consumidores e empresários, adiando a recuperação da atividade econômica.

Setores - O Termômetro de Vendas da -BH apontou ainda que, no comparativo abril 2017/abril 2016, apenas um setor apresentou crescimento nas vendas - drogarias, perfumarias e cosméticos, que tiveram incremento de 1,79%.

Os demais registraram queda: ferragens, material elétrico e de construção (-2,45%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,71%), artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo e fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (-1,44%); supermercados e produtos alimentícios (-0,23%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,15%); papelarias e livrarias (-0,12%); e veículos e peças (-0,03%).

Na base de comparação mensal (abril 2017/março 2017), todos os setores apresentaram queda. Os índices foram os seguintes: papelarias e livrarias (-5,29%); artigos diversos (-4,97%); supermercados e produtos alimentícios (-4,49%); ferragens, material elétrico e de construção (-2,62%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-2,61%); veículos e peças (-2,12%); drogarias, perfumes e cosméticos (-0,98%); e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,19%).

No acumulado do ano (janeiro 2017 - abril 2017/janeiro 2016 - abril 2016), os setores que tiveram crescimento foram drogarias, perfumarias e cosméticos, com aumento de 0,85%; e supermercados e produtos alimentícios, que apresentou incremento de 0,34%. Os demais apresentaram queda: veículos e peças (-0,84%); papelarias e livrarias (-0,57%); ferragens, material elétrico e de construção (-0,52%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,27%); e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,20%).


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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