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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 31-05-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Número dos que quitam dívidas sobe 4,5%

Alta, registrada em abril deste ano em relação ao mesmo mês de 2016, é a terceira na comparação anual
O número de pessoas que quitaram suas dívidas aumentou 4,5% em abril deste ano em relação a igual mês de 2016, sendo a terceira alta consecutiva na base comparativa anual. Com relação ao mês anterior, foi registrado aumento de 1,19%, o melhor índice do ano nessa comparação. Os dados são de levantamento feito junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH) e foram divulgados ontem.

Apesar da melhora na recuperação do crédito, os índices ainda não são considerados sustentáveis, devido ao alto nível de desemprego e à turbulência no ambiente político, segundo informou a economista da -BH Ana Paula Bastos.

De acordo com o professor de economia do Centro Universitário UNA Gabriel Ivo, a melhora na recuperação do crédito está ligada principalmente à queda dos juros, que facilita as negociações por deixar a dívida mais barata; e à redução da inflação, que alivia o custo de vida. "O consumidor despende menos recursos para comprar. Com isso, sobra algum dinheiro para o pagamento de dívidas", explica.

Associada a esses dois fatores está a liberação do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mas o professor de economia acredita que uma recuperação do crédito sustentável só deverá ocorrer a partir do fim deste ano, ainda assim, dependendo do quadro político. "O quadro político está atrelado ao econômico. Para a recuperação do emprego, é necessária a recuperação da indústria, mas os investimentos são dificultados devido ao cenário turbulento", detalha.

Segundo o levantamento da -BH, na avaliação por faixa etária, o maior índice de cancelamentos de registros no SPC ocorre no intervalo de 30 a 39 anos (26,79%). O menor resultado está entre os idosos (8,98%). Os demais são: de 18 a 24 anos, 10,10%; 25 a 29 anos, 11,10%; 40 a 49 anos, 22,61%; 50 a 64 anos, 20,41%. A dificuldade maior dos idosos em pagar dívidas está atrelada ao fato de alguns viverem exclusivamente com o dinheiro da aposentadoria e, por isso, sentirem mais o impacto do custo de vida.

Mulheres - O levantamento aponta ainda que a maioria das pessoas que estão recuperando o crédito na capital mineira é do sexo feminino. O percentual de cancelamentos de registros no SPC foi de 58,78% entre as mulheres e 41,22% entre os homens, na variação anual (abril de 2017/abril de 2016). A vantagem das mulheres na recuperação do crédito vem ocorrendo pelo menos desde abril do ano passado.

A economista Ana Paula Bastos explica que, embora o índice de desemprego seja maior entre o público feminino - 54,4%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de abril -, as mulheres possuem um valor médio de dívida menor que o dos homens, o que facilita o pagamento. De acordo com pesquisa da -BH, os débitos femininos giram em torno de R$ 1.272,06, e os masculinos estão na faixa de R$ 1.593,60.

De acordo com o professor Gabriel Ivo, há também uma característica intrínseca da mulher que auxilia na recuperação dos créditos. Segundo ele, pesquisas apontam que a mulher, inclusive no momento de crise, abre mão de seus gastos pessoais, dando prioridade aos da família e dos filhos. "Ela consegue poupar, por exemplo, pensando na educação dos filhos e no orçamento da família", afirma.


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