Temer visitou unidade em Brasília. Começou ontem nova rodada de saques

O presidente Temer, que completou um ano de governo ontem, observa cliente da Caixa Econômica fazer saque de FGTS durante visita de surpresa a uma agência de Brasília. -RIO E BRASÍLIA- A Caixa vai abrir hoje 156 agências no Estado do Rio para atender exclusivamente a trabalhadores que pretendem sacar as contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com a liberação de recursos para trabalhadores nascidos nos meses de junho, julho e agosto.

Os funcionários também vão tirar dúvida, acertar cadastro e vão emitir senha do Cartão Cidadão. No país, serão mais de duas mil unidades que funcionarão das 9h às 15h. A nova rodada de saques começou ontem.

Haverá ainda um horário especial para atendimento nas próximas segunda e terça. As portas serão abertas duas horas mais cedo. Nos lugares onde as agências abrem às 9h, o funcionamento será a partir das 8h, e o fechamento será retardado em uma hora.

Em Brasília, o presidente Michel Temer foi a uma agência da Caixa, numa visita que ão constava na agenda oficial.

O peemedebista ficou pouco mais de dez minutos na agência bancária, e conversou com três pessoas que sacavam o dinheiro. O presidente da estatal, Gilberto Occhi, disse a Temer que nos primeiros 15 minutos desse novo lote, 242 mil cidadãos haviam sacado R$ 400 milhões.

Na nova leva de saques, 7,6 milhões de trabalhadores poderão sacar R$ 10,8 bilhões.

De acordo com a vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Deusdina Pereira, com a terceira fase, serão pagos 66% do total autorizado para saque, que chega a R$ 43,6 bilhões. Ao todo, serão beneficiados 30,2 milhões de trabalhadores até 31 de julho, quando acaba o prazo de resgate.

SAQUES DE R$ 16,6 BILHÕES

Já foram sacados R$ 16,6 bilhões das contas do FGTS. Mas os efeitos práticos na economia real ainda são considerados tímidos por economistas e analistas de mercado. Como as famílias estão muito endividadas, os recursos estão sendo usados primeiro quitando débitos, especialmente com os bancos. Apenas num segundo momento, segundo economistas, o dinheiro deverá ser destinado para o consumo.