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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 13-05-2017 - 07:58 -   Notícia original Link para notícia
Com a XP, Itaú mira em oferta de serviços

Negócio foi de R$ 6,3 bi. Corretora tem produtos de outras instituições


-SÃO PAULO- A compra de quase a metade da XP Investimentos foi a forma encontrada pelo Itaú Unibanco para aproveitar o crescimento do modelo de plataforma aberta, pelo qual a corretora distribui produtos de diferentes instituições financeiras. Na avaliação do presidente do Itaú, Cândido Bracher, esse tipo de serviço tende a crescer no Brasil. A operação foi finalizada na noite de quinta-feira, e o banco vai desembolsar R$ 6,3 bilhões por 49,9% do capital da XP, a maior corretora independente do país.


MARCOS ALVES/9-11-2016Potencial. Bracher: demanda crescente


- A distribuição de produtos financeiros em uma arquitetura aberta deve ganhar relevância e ser mais procurada por clientes. É uma operação estratégica para o banco. Vemos grande potencial nesse modelo, que tem baixa presença no Brasil e deve crescer acima da média do mercado - disse Bracher, ontem, em teleconferência com analistas.


Segundo o executivo, o Itaú deve dar prioridade à prestação de serviços, que exige menos capital que as operações de crédito, dentro de sua estratégia de diversificação. Uma preocupação de Bracher foi reforçar que, apesar da sociedade, a gestão da XP continuará independente, sem qualquer tipo de ingerência do Itaú na política comercial. O banco não terá exclusividade ou benefício na distribuição de seus produtos por meio da XP.


- No início, a XP continuará operando de forma completamente independente, inclusive competindo com o Itaú, como já faz. A nossa participação será crescente ao longo do tempo, mas o controle e gestão permanecem com os atuais sócios.


Segundo Bracher, ficará a critério dos controladores da XP procurar o banco para possíveis trocas de experiências:


- O Itaú será apenas um investidor minoritário. Naturalmente, se for do interesse da XP, ao longo dos próximos anos, podemos conversar sobre as experiência do Itaú para reforçar a sua prática. Estaremos à disposição, mas vai depender deles.


CONTROLE COM OS SÓCIOS


Atualmente, 50,5% do capital da XP pertence a Benchimol e a um grupo de minoritários, associação chamada agora de XP Controle. Os fundos americanos General Atlantic e Dynamo detêm juntos os 49,5% restantes. O Itaú comprou 60% da participação dos fundos e 40% da XP Controle.


O acordo prevê o aumento da participação do Itaú a 74,9% do capital total da XP em 2022, mas o controle (51% das ações ordinárias, ONs) continuará com os sócios da XP Controle.


- O controle da empresa só pode mudar de mãos se e quando uma dessas opções for exercida- explicou.


Espera-se que o negócio seja aprovado pelos órgãos reguladores - Banco Central, Cade e Comissão de Valores Mobiliário (CVM) - em menos de um ano.


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