Em Belo Horizonte, os números do comércio refletem uma deterioração do consumo. No primeiro trimestre de 2017, o volume de vendas na capital mineira recuou 1,29% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH). Dentre os setores que registraram queda na base de comparação apareceram papelaria e livrarias (-3,74%), artigos diversos (-2,68%), móveis e eletrodomésticos (-1,81%), veículos e peças (-1,76%) e material elétrico e de construção (-0,40%).

O alto índice de desemprego aparece como a principal causa para a contenção dos gastos entre os consumidores, que, segundo o presidente da CDLCDL-BH, Bruno FalciBruno Falci, acabam por priorizar as despesas essenciais. "Em função disso, a maioria prefere adiar as compras consideradas menos prioritárias, para evitar dívidas que futuramente não possam quitar", explica o dirigente.

No confronto de março deste ano com mesmo mês de 2016, o varejo da Capital novamente apresentou resultado negativo. O volume de vendas caiu 0,12%, puxado principalmente pelas retrações dos segmentos de artigos diversos (-0,74%), papelaria e livrarias (-0,72%), móveis e eletrodomésticos (-0,28%) e veículos e peças (-0,26%).

A exceção foi a comparação de março com fevereiro deste ano. Na passagem de um mês para o outro, o comércio teve alta de 0,05% nas vendas. O presidente da CDLCDL-BH pondera, no entanto, que a variação positiva é efeito do calendário, já que março tem mais dias úteis do que o mês anterior.

Os setores que contribuíram para o aumento das vendas foram: supermercados ( 2,21%), vestuário e calçados ( 0,80%), material elétrico e de construção ( 0,67%) e drogarias e cosméticos ( 0,50%). Nos últimos doze meses, o varejo em Belo Horizonte teve queda de 1,38%.

Falci afirma que as pessoas estão adiando as compras menos prioritárias/Alisson J. Silva