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Blog David Baker ( Posts ) - SP - Brasil - 10-05-2017 - 20:27 -   Notícia original Link para notícia
Dificuldade de manter padrão de vida dobra em BH

No ano passado, 43% dos belo-horizontinos não conseguiam guardar absolutamente nada da renda. Agora, esse percentual subiu para 51,4%. Sem reservas, manter o padrão de vida em caso de imprevisto também está mais difícil. Em 2016, 35,3% conseguiria manter os mesmos gastos de um a três meses. Hoje, esse percentual é de 18,3%, ou seja, a capacidade de 'segurar a onda' caiu praticamente pela metade. O volume de pessoas que não conseguiriam sustentar o padrão nem por um mês dobrou: passou de 8,8% para 15,4%.

Os dados são da pesquisa Planejamento Financeiro, divulgada nessa terça-feira (9) pela (-BH), que ouviu 200 pessoas no mês de abril.

De acordo com a economista da , Ana Paula Bastos, a explicação está no aumento do endividamento e do desemprego. "Há alguns anos, estávamos vivendo um boom de crédito e as pessoas fizeram prestações de longo prazo. Agora, as velhas prestações se juntaram com as novas, mas o desemprego aumentou muito e o consumidor perdeu a capacidade de pagar", ressalta Ana Paula.

Com uma maior parte do salário comprometida com pagamento de dívidas, os belo-horizontinos também não conseguem poupar. Na hora do aperto, a maioria (34,3%) recorre a parentes e amigos. O percentual é mais do que o dobro de quem procura ajuda financeira nos bancos (16%). "Isso está acontecendo porque as pessoas já estão com a capacidade de crédito estourada. Elas já não podem mais recorrer aos bancos, por isso procuram ajuda na própria família", justifica.

A cada cem entrevistados, 38 apontaram o desemprego como a principal causa das dificuldades financeiras. A inflação aparece em segundo lugar, indicada por 37,1% dos entrevistados. Baixo salário e doenças na família também foram destaques.

Além do contexto econômico, a economista da ressalta a desorganização financeira. "Os brasileiros já não têm o hábito de poupar. Agora, fica ainda mais difícil. Uma das causas desse endividamento é a falta de planejamento. O primeiro passo é sentar e escrever tudo no papel, pois só assim será possível enxergar todos os gastos e saber por onde começar", afirma Ana Paula.

Para a classe E, a situação é ainda mais dramática. Segundo levantamento do perfil do inadimplente realizado em março pela -BH, nessa faixa de renda os consumidores chegam a estar com 67% da renda comprometida com dívidas.

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Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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