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Portal Hoje em Dia (MG) ( Primeiro Plano ) - MG - Brasil - 09-05-2017 - 11:46 -   Notícia original Link para notícia
51% das pessoas não conseguem guardar nenhuma parte dos rendimentos

Mais de 51% da população da capital mineira e Região Metropolitana não consegue guardar nenhuma parte de seus rendimentos. Esse é um dos resultados do levantamento da de Belo Horizonte (/BH) sobre a educação financeira dos moradores da cidade.

Ainda de acordo com a análise, 24,6% dos entrevistados poupam até 10% da renda, 14,3% reservam de 10% a 20%, outros 6,9% de 20% a 40% e somente 2,3% guardam mais de 40% dos rendimentos. Entre os que têm o hábito de economizar, a maioria (48,3%) utiliza a conta poupança para manter o dinheiro.

Segundo a economista da /BH, Ana Paula Bastos, em função das adversidades do cenário econômico, "boa parte da população está com menos renda disponível, o que dificulta quitar todos os compromissos financeiros e, consequentemente, fazer uma reserva financeira".

Na hipótese de dificuldade financeira como desemprego, perda total da renda ou problemas de saúde, 33,7% dos consumidores afirmam que conseguiriam manter o padrão de vida atual por no máximo três meses; 18,9% disseram ser possível manter-se por mais de 12 meses; outros 16% de quatro a seis meses; 4% de sete a nove meses e 3,4% entre dez e 12 meses.

Na análise por classe social, os entrevistados da classe E (18,8%) não conseguiriam manter-se nem por um mês. Uma análise do Perfil do Inadimplente, realizado pela /BH em março deste ano, apontou que os consumidores da classe E estão com 67,4% da renda comprometida com dívidas.

Em caso de dificuldades financeiras, a maioria dos consumidores (34,3%) afirmou que recorreria a empréstimos com parentes, amigos e conhecidos, seguidos por utilização da conta poupança (26,3%). Outras opções citadas foram: empréstimos com bancos ou financeiras (16%), resgate de aplicações financeiras (12,6%) e pensão (0,6%).

Desemprego é a principal causa das dificuldades financeiras

A principal causa das dificuldades financeiras na opinião dos entrevistados é o desemprego (38,3%), seguido por inflação alta/aumento do custo de vida (37,1%). Outros fatores mencionados foram: baixo salário e doença na família (5,1% cada), consumo excessivo/descontrolado (4,6%), pagamento de aluguel (3,4%), compras parceladas no cartão de crédito (2,3%), prestação da casa própria e plano de saúde (0,6% cada).

Ainda segundo a pesquisa, 35,3% dos entrevistados afirmam que, nunca ou raramente, conseguem chegar ao final do mês sem ultrapassar o limite do cartão de crédito, enquanto 30,1% disseram que sempre chegam ao fim do mês sem ultrapassar esse limite. Às vezes e quase sempre, representam 16,0% cada e 2,6% não responderam.

Na análise por faixa etária, os consumidores adultos (32,3%) e idosos (31,3%) disseram que nunca chegam ao final do mês sem ultrapassar o limite do cartão de crédito. Ana Paula Bastos explica que esse público, em geral, "tem mais responsabilidade financeira e experiência no planejamento das despesas da família".

A respeito da frequência com que usam esse meio de pagamento, 34,6% disseram que sempre, 25,6% às vezes e 22,4% quase sempre. O levantamento também aponta que 35,4% dos entrevistados afirmam ter dois cartões de crédito, seguidos por 34,9% dos que responderam ter somente um cartão. A pesquisou mostrou que 16,6% disseram ter três cartões, 10,9% não têm nenhum e 2,3% têm quatro ou mais cartões.

Já sobre o cheque especial, a maioria dos consumidores (36,%) respondeu que nunca utiliza essa opção para compor a renda. Já 13,1% disseram que raramente usam, 11,4% às vezes, 6,9% sempre e 2,9% quase sempre. Entre os entrevistados, 29,1% não possuem cheque especial.

Foram entrevistados 200 consumidores de Belo Horizonte e Região Metropolitana, de diversas classes sociais, no mês de abril de 2017.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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