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Estado de Minas Online ( Admite-se ) - MG - Brasil - 07-05-2017 - 11:22 -   Notícia original Link para notícia
Crianças fashion

Venda de roupas e acessórios infantis está em alta. Mesmo com crise, mercado se mantém aquecido


O mercado de roupas infantis cresce em média 6% ao ano, de acordo com a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Dados do Instituto de Estudos de Marketing Industrial (Iemi) mostram que, em 2012, o varejo de moda infantil movimentou R$ 27,5 bilhões, representando alta de 7,5% sobre 2011. O certo é que o mercado de vestuário infantil representa cerca de 15% do setor de moda e, em 2013, movimentou R$ 16 bilhões em roupas e acessórios. Segundo estimativas do mercado, o faturamento em 2014 ultrapassou R$ 150 milhões, sendo 60% vendas de roupas e calçados e o restante de brinquedos e carrinhos de bebê. Apesar da crise, o mercado para o público infantil é um dos que se mantêm aquecidos.

E foi apostando nesse nicho que Ana Martins da Costa resolveu montar, com a irmã Sílvia Martins da Costa, a Jabuti Kids, no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de BH, A loja comercializa roupas, acessórios e brinquedos para crianças até 14 anos, além de oficinas com personagens infantis, oficinas de trabalhos manuais e contação de história. "Compramos dos nossos fornecedores a maioria das roupas e algumas são fabricadas/customizadas pela própria Jabuti Kids", diz Ana.

Ela conta que a demanda maior é pelas blusas e bodies da Violeta Skate Rock. "É uma linha que veste pais, mães e filhos, modernos e amantes do rock'n'roll", explica a empresária. "A Jabuti Kids existe há nove anos, mas eu e minha irmã somos as proprietárias há seis. Éramos clientes e adorávamos o estilo da loja. Quando soubemos que a antiga proprietária queria vendê-la, optamos por comprá-la."
Celmy Ferraz, gerente da loja de roupas infantis Bambolê, diz que nesse ramo é preciso muita dedicação
Ana diz que sempre trabalhou com moda. "Atuei no Rio de Janeiro e Belo Horizonte durante anos, mas como assessora de imprensa. Depois disso, trabalhei por seis anos na Fiemg, na coordenação do Minas Trend, um dos maiores eventos de moda do Brasil", afirma, acrescentando: "Trabalhamos com produtos diferenciados, de ótima qualidade e preço, atendendo a um público moderno e descolado. Temos um espaço físico bacana, onde a brinca enquanto os pais fazem as compras. Fazemos oficinas para entretenimento das crianças e realizamos cafés da manhã com princesas e super-heróis. Estamos bem localizados. A loja tem uma decoração que faz a se sentir bem. Temos um ambiente propício para um público altamente sensível, ou seja, as crianças. Somos comprometidas com o trabalho e atendemos os clientes sempre de forma cordial".

Ela conta que cada coleção é pensada com carinho. "As peças, 100% nacionais, são escolhidas a dedo." Ana afirma que o mercado anda um pouco instável no momento. "Temos dias ótimos e outros mais fracos." Segundo a empresária, nesse ramo é fundamental ter produtos de qualidade, com preço justo,  atender bem as clientes, ter ideias criativas, realizar eventos, montar vitrines interessantes, deixar o cliente à vontade, ter um delivery de roupas, além de ter indicação de clientes, sendo referência no segmento. Ana considera o mercado promissor, mas diz que atualmente não tem a intenção de ampliar o negócio devido à falta de tempo, "pois somos empresárias, mães e donas de casa".

APREENSIVO Para Luciana Reis França, gerente da Um.do.la.si - Baby & Kids, o mercado não está tão bem quanto foi no ano passado. "Acho que o consumidor em geral está apreensivo. Mas acredito que não seja somente no nosso segmento, acho que é geral", lamenta. Contando com duas lojas na cidade, a Um.do.la.si existe há cerca de quatro anos. "Abrimos a matriz e a filial em abril de 2013."

A loja oferece roupas casuais de festas e para o dia a dia, de recém-nascidos até os 16 anos. "Temos também moda praia e acessórios como tiaras, faixas de bebê, cintos e laços, além de enxoval, sendo saídas de maternidade, babinhas, naninhas, bichos de pelúcia, mantas, toalhas, sapatinhos", informa Luciana. "Em geral, a demanda é por todos os produtos, ou seja, um pouco de cada coisa, desde a mãe que está esperando o bebê e vem fazer o enxoval, até crianças e roupas infantis para festa. Temos também presentes de aniversário e batizados, entre outros."

Ao lado da proprietária Valéria Abdalla, Luciana está na empresa desde o início do projeto, que começou em 2012. "A loja Um.do.la.si surgiu do despertar de uma concepção diferente na moda infantil. A proposta é que o cliente e seus pequenos encontrem o que desejam, com preço acessível, atendimento impecável e personalizado, e que eles fiquem lindos e confortáveis", ressalta Valéria, que emprega hoje três pessoas e tem a intenção de ampliar o negócio no futuro.

"Temos um atendimento personalizado. Levamos malinha na casa das clientes. Oferecemos descontos para vários parceiros, como escolas, clubes, conselhos, grupos de Facebook e WhatsApp. Acredito que o sucesso é ter foco no cliente, com cuidado, dedicação, carinho e muita alegria. Na realidade, somos apaixonadas pelo que fazemos", garante a proprietária, que considera o faturamento ótimo. Para vencer nesse ramo, Luciana acredita que seja preciso ter muita dedicação e cuidado com os clientes. Além disso, na hora da compra é preciso saber escolher com carinho as peças."

Ela conta que tem clientes de todas as idades. "Alguns saem de bairros mais distantes da nossa loja e de outras cidades, e sempre vem nos prestigiar", orgulha-se Luciana. "Estamos sempre fazendo promoções na loja. Neste mês, que é o das mães, a nossa promoção oferece 20% de desconto nas roupinhas de até 16 anos nos pagamentos em dinheiro e cartão de débito", avisa.
Luciana Reis Franca, gerente da Um.do.la.si Baby & Kids, diz que a loja trabalha com artigos para recém-nascidos até o público infantojuvenil
Para Celmy Ferraz, gerente administrativa da Bambolê Infanto Juvenil, no Bairro Funcionários, o mercado ainda precisa melhorar bastante, uma vez que, com a crise, ele teve uma queda acentuada. "Mas já está dando sinais de melhora, felizmente", ressalta. A loja existe há cerca de um ano e trabalha com moda infantil em geral. "As roupas vão de recém-nascidos até infantil e juvenil. Não fabricamos, somos revendedores de roupas de marcas. Estou nesse ramo há apenas um ano, nas sempre trabalhei no comércio", diz.

Antes, Celmy trabalhava com moda feminina adulta, mas quando surgiu a oportunidade de mudar para a moda infantil e juvenil, viu a perspectiva de novos horizontes. Celmy conta hoje com uma colaboradora. "Nesse ramo, é preciso muita dedicação. O sucesso das vendas vem do saber comprar", garante. "Acredito que valha a pena investir nesse ramo, apesar da instabilidade econômica que o país atravessa." Ela revela que as dificuldades do setor estão diretamente ligadas à crise atual. "Tentamos driblá-la, economizando ao máximo no que podemos, sem investimentos altos. Nossos clientes mais fortes são, geralmente, pais, tios, avós e amigos. Gosto de trabalhar com pessoas e com moda."


Palavras Chave Encontradas: Criança
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