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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-04-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência das empresas sobe 9,57%

Com alta de 13,43%, o segmento de serviços registra o maior crescimento de dívidas na Capital
Assim como já havia sido observado no Estado, a inadimplência entre as empresas de Belo Horizonte também subiu em março. No último mês, o indicador cresceu 9,57% na capital mineira na comparação com igual período de 2016. A queda no consumo, provocada pelo alto índice de desemprego no País, e as ainda elevadas taxas de juros continuam sendo alguns dos empecilhos para aqueles empresários que buscam colocar a vida financeira do negócio em dia.

No confronto com fevereiro, o número de pessoas jurídicas inadimplentes no município seguiu a tendência, com alta de 0,5% em março. Para a economista da de Belo Horizonte (-BH), Ana Paula Bastos, a recuperação dos ganhos é essencial para que haja uma reversão nesse quadro. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da -BH.

"As empresas precisam aumentar seus lucros. No ano passado, houve queda da receita, alta dos custos, e com isso os empresários não conseguiram honrar as dívidas. Agora, com a economia começando a crescer, aumentando os investimentos e gerando mais empregos, eleva-se o dinheiro em circulação, estimulando o consumo e favorecendo as empresas a quitarem as dívidas", pondera a economista.

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Ranking - Entre as devedoras, o maior índice de inadimplência em março foi verificado no setor de serviços: 13,43% na comparação com igual período do ano passado. Na sequência, aparecem a indústria (9,82%) e o comércio (7,50%). Em sentido oposto, o número de empresas inadimplentes na agricultura recuou 2,27%. O segmento é um dos poucos que têm conseguido sustentar resultados favoráveis na crise.

No último dia 12, o Banco Central anunciou o quinto corte consecutivo na taxa básica de juros, a Selic. De acordo com Ana Paula Bastos, as seguidas reduções do índice podem ajudar as empresas a organizarem as finanças, na medida em que favorecem o consumo e o pagamento de dívidas pendentes. Hoje, a Selic está em 11,25% ao ano (a.a.) e, de acordo com projeções do mercado, pode atingir 8,5% a.a. até o fim de 2017.

"A queda na taxa de juros fomenta o empréstimo para as pessoas utilizarem no consumo e poderem, com isso, alavancar as receitas das empresas, além de possibilitar às próprias empresas negociar as dívidas a taxas menores, já que os juros altos encarecem o custo dos débitos", analisa Ana Paula Bastos.

Em março, as dívidas em atraso das empresas cresceram 6,56% em relação ao mesmo mês de 2016. No confronto com fevereiro, também houve aumento de 0,44%, segundo dados do SPC da -BH.

Apesar de a inadimplência ainda estar em alta entre as pessoas jurídicas da capital mineira, a economista da -BH avalia que já pode ser percebida uma perda no ritmo do indicador. "Há alguns meses, estávamos com a inadimplência a taxas muito maiores, na casa dos 14%. Hoje, o índice ainda está alto, mas já deu uma desacelerada, o que mostra que as empresas estão tendo um fôlego a mais para pagar suas dívidas", destaca.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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