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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 14-04-2017 - 09:53 -   Notícia original Link para notícia
Otimismo do empresário brasileiro sofre queda de nove pontos percentuais

O otimismo do empresário brasileiro em relação aos negócios para os próximos 12 meses caiu nove pontos percentuais (p.p.) no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três últimos meses de 2016 e chegou a 50%. Os dados são do estudo International Business Report (Relatório de Negócios Internacionais), feito pela auditoria e consultoria Grant Thornton.

A piora na confiança do empresariado nacional, na análise do sócio-líder da área de consultoria e auditoria da instituição, Daniel Maranhão, é reflexo da demora de recuperação do País frente à crise financeira e à morosidade política em aprovar reformas consideradas fundamentais para a economia, como a da Previdência.

"A partir do momento em que começa a haver uma percepção de que as medidas do governo não vão ser aprovadas, de que as medidas de contenção de gastos não vão ter tanto efeito, os empresários começam a ficar pessimistas do ponto de vista do futuro, o que leva à redução do otimismo entre eles", pondera Maranhão.

A queda nos três primeiros meses de 2017 levou o Brasil a perder quatro posições no ranking internacional de otimismo, passando a ocupar a 15ª colocação. Ainda assim, o País permaneceu à frente de Reino Unido (21º), França (22º) e Itália (26º), importantes economias europeias. Os três países mais otimistas foram Indonésia, Filipinas e Índia, com 100%, 98% e 85%, respectivamente.

Evolução - Apesar do recuo no início deste ano, quando comparado com igual trimestre de 2016, o indicador de otimismo dos empresários brasileiros apresenta uma grande evolução. De janeiro a março do ano passado, a confiança dos empreendedores nacionais figurava em patamar de -13%. A pesquisa é realizada com empresas nacionais de médio e grande porte, de diversos setores da economia.

As expectativas de rentabilidade (35%), emprego (25%), receita (61%) e preços de vendas (42%) também foram menores no primeiro trimestre deste ano. Por outro lado, as preocupações com burocracia e regulamentação de medidas subiram 19 pontos percentuais e alcançaram a marca de 42%.

Em nível mundial, o otimismo cresceu de um trimestre para o outro. De janeiro a março, o indicador ficou em 49%, 11 p.p. acima do período de outubro a dezembro de 2016. Nos Estados Unidos, a confiança saiu de 54% para 80%, crescimento que, na avaliação da Grant Thornton, traz boa expectativa para a economia global.

"Como maior economia do mundo, a confiança empresarial dos EUA acaba impulsionando todo o mercado global. Com isso, percebemos que países com fortes laços comerciais também estão passando por nova onda de esperança. Mas, claramente, empresas americanas ainda não estão vendo ou esperando que isso resulte em mudança no curto prazo", destaca a líder global da Grant Thornton, Francesca Lagerberg.


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