Leitura de notícia
Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 12-04-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência entre empresas sobe 7,96% no Estado

Setor de serviços foi o que registrou mais dificuldade em honrar seus compromissos financeiros
A inadimplência e o número de dívidas em atraso continuam crescendo entre as empresas mineiras. No entanto, a alta em ambos os indicadores tem ocorrido em um ritmo bem menos intenso do que no ano passado, que foi considerado um dos piores para a economia nacional. Em março, de acordo com o Conselho Estadual do Serviço de Proteção ao Crédito (Cespc) de Minas Gerais, o número de instituições inadimplentes no Estado subiu 7,96% frente a igual período de 2016, quando o índice, porém, foi quase o dobro ( 15,74%).

A dificuldade em honrar os compromissos financeiros foi maior entre as empresas do setor de serviços. No último mês, a inadimplência no segmento aumentou 12,22% quando confrontada com março de 2016. Para o presidente do SPC Brasil e do conselho, , o maior endividamento dessas entidades é resultante da desaceleração da atividade econômica no País. Em seguida, apareceram os estabelecimentos do comércio ( 6,54%), indústria ( 6,33%) e agricultura ( 2,22%).

Em relação a fevereiro, a inadimplência também cresceu 0,39% entre as instituições de Minas Gerais, mas, como na comparação anual, a elevação se deu em ritmo menor. No ano passado, o indicador chegou a subir 0,57% na passagem de fevereiro para março. Segundo Falci, a redução da inflação e das taxas de juros começa a fazer efeito. "Esse cenário otimista poderá estimular a retomada do investimento e impactar positivamente na geração de emprego e no aumento do consumo e das receitas das empresas", avalia o presidente do Cespc.

Em um ano, as dívidas em atraso das empresas subiram 6,01%, como mostram os dados de março de 2017. No confronto com fevereiro, houve ligeira elevação de 0,31%. Ambos os índices foram inferiores aos apresentados em igual mês de 2016, confirmando o movimento de arrefecimento da inadimplência no Estado.

"O número de dívidas está seguindo a mesma tendência do número de empresas devedoras, com desaceleração do crescimento. Em março de 2016, o índice havia alcançado os 18,58% (na comparação com mesmo mês de 2015)", destaca Falci.

A quantidade média de débitos pendentes nas instituições mineiras caiu em março deste ano, chegando a 2,07 por pessoa jurídica. Há um ano, ele era de 2,11 por entidade.

Leia também

Pessoa física atrasa dívida 4,42% menos

Perfil pessoal - O comportamento da inadimplência entre as pessoas físicas foi semelhante ao das empresas. Em março, o indicador aumentou 2,23% frente ao mesmo mês de 2016 ( 4,88%). A maior alta se deu no gênero feminino (2,14%). Já o número de homens com dívidas abertas foi 1,92% superior. Na análise por faixa etária, o grupo de mineiros de 85 a 94 anos foi o que registrou o maior aumento de inadimplentes: 22,21%, enquanto entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, a quantidade de devedores reduziu 26,35%. Em relação a fevereiro deste ano, a inadimplência no Estado foi 0,18% menor.

O número de dívidas dos mineiros recuou frente a março do ano passado, com queda de 0,50%. Na comparação mensal, também houve retração de 0,34% em relação a fevereiro. "Aqui, vemos o efeito positivo da liberação do saque das contas inativas do FGTS, que proporcionou renda extra às pessoas e possibilitou a quitação de débitos".


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.