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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 11-04-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Vendas em BH têm queda de 0,15% em fevereiro

Dados foram divulgados pela -BH
As vendas no comércio de Belo Horizonte tiveram queda de 0,15% em fevereiro deste ano em relação a igual mês do ano passado. Apesar de negativo, o número aponta para um cenário de recuperação: é a segunda vez consecutiva que o ritmo de redução de vendas no varejo da Capital apresenta desaceleração nessa base comparativa.

Em fevereiro de 2016, no comparativo com igual período de 2015, a redução havia sido de 1,08%. Na comparação entre fevereiro de 2015 e o mesmo mês de 2014, a queda foi de 4,67%. As informações são do Termômetro de Vendas da de Belo Horizonte (-BH), divulgado nessa segunda-feira (10).

Houve desaceleração da queda também quando a base comparativa é o mês anterior. Dessa forma, na comparação fevereiro de 2017/janeiro de 2017, a redução foi de 0,32%. No confronto entre fevereiro de 2016 e janeiro de 2016, houve queda de 3,35%.

No acumulado do primeiro bimestre, é possível observar o mesmo cenário. A queda dos dois primeiros meses deste ano, no comparativo com igual período do ano passado, foi de 1,07%. Já comparando com janeiro e fevereiro de 2016 com o mesmo intervalo de 2015, a redução foi de 1,72%.

De acordo com informações da entidade, o cenário indica para uma melhora no setor, o que pode ser atribuído à diminuição da inflação - em fevereiro de 2017 ficou em 0,33% ante 0,90% em fevereiro de 2016; e queda de juros (12,25%, em fevereiro de 2017; 14,24%, em fevereiro de 2016). Por outro lado, as altas taxas de desemprego ainda seguram o consumo.

"Podemos perceber uma melhora, que só não é mais rápida devido ao cenário de instabilidade política", avalia o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar.

Mas, apesar das três bases comparativas indicarem uma desaceleração das perdas, no acumulado dos últimos 12 meses, a situação não foi boa: entre março de 2016 e fevereiro de 2017, a queda foi de 1,80%. Já de março de 2015 a fevereiro de 2016, a redução ficou em 0,68%.

"Esse dado reflete o que aconteceu em 2016, que foi um ano muito ruim para o varejo. A renda sumiu do bolso do consumidor, a inadimplência aumentou, as pessoas reduziram as compras", pondera Gaspar.



Maior parte dos consumidores prefere fazer compras em lojas da vizinhança



Comodidade e facilidade de acesso estão fazendo com que as pessoas optem por fazer suas compras perto de onde moram ou trabalham. É o que aponta a pesquisa "Escolha do Local de Compras - Opinião do Consumidor/2017", realizada em Belo Horizonte e divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). Dos consumidores entrevistados, 75,1% disseram comprar em lojas de bairro/vizinhança; 57,4% em lojas de shopping centers; e 54,4% em lojas do hipercentro da Capital.

A analista de pesquisa da Fecomércio, Elisa Castro, afirma que o destaque com que as lojas de bairro/vizinhança apareceram na pesquisa surpreendeu, em parte. "Percebemos o aumento desse tipo de loja e sabemos que há público para tal. Mas nos surpreendeu o peso bem elevado com relação aos outros eixos de consumo, como hipercentro e shopping", ressalta.

 No geral, entre os fatores que influenciam no local de compras, o campeão é o preço, tendo sido citado por 91,3% dos entrevistados. Em seguida estão: qualidade de atendimento (77,7%); variedade de produtos (76,8%) e localização (67,8%), entre outros. "O preço sempre influencia mais na hora das compras, mas num cenário de economia instável, ganha mais peso", explica a analista.

Segundo Elisa Castro, o estudo apontou que cada eixo de consumo tem características específicas. Quanto à faixa etária, os consumidores mais velhos dão preferência para as lojas de bairro/vizinhança: 33,7% dos entrevistados com idade entre 45 e 59 anos; e 54% dos que têm 60 ou mais, consomem em estabelecimentos mais próximos. Já os shoppings são preferidos dos mais jovens: segundo a pesquisa, 58,9% dos consumidores que têm entre 16 e 34 anos vão às compras em malls. No hipercentro, as faixas etárias entre 25 e 34 anos e 35 a 44 anos se destacam na preferência. Segundo Elisa Castro, as lojas de bairro podem estar se beneficiando com o envelhecimento da população.

Os principais grupos de produtos, por eixo de consumo, são os seguintes: nas lojas de bairro, o destaque fica para alimentação, com 25%; roupas, calçados e acessórios, 13,8%; telefonia, 5,7%. No hipercentro, os campeões são roupas, calçados e acessórios (73,7%); alimentação (47,4%) e eletrônicos (37,6%%). Nos shoppings, o destaque fica com roupas, calçados e acessórios (63,1%), eletrônicos (39,4%) e telefonia (15,7%).

Atrativos - Fatores que levaram a pessoa a optar por comprar em determinado ponto da cidade são semelhantes. Localização (36,6%), maior variedade de produto (20,8%) e preços mais baixos (19,6%) são os principais atrativos para o consumo no centro de Belo Horizonte. Nos shoppings, são localização/fácil acesso (51,1%); comodidade (40,6%); opções de lojas (26,6%). Nas lojas de bairro, os fatores mais citados foram localização/ fácil acesso (82,9%); comodidade (22,7%) e preços mais baixos (5,7%).

O administrador do condomínio Center São Bento, no bairro de mesmo nome, na região Centro-Sul, Júlio Santana, confirma que a pesquisa reflete o que ele percebe no local. "Percebo que quem mora no bairro dá mesmo preferência por lojas daqui", diz. Segundo ele, o primeiro andar está com 100% das lojas ocupadas. "No total, o índice de ocupação é de 95%, mesmo no cenário de crise", observa.

Para o vice-presidente da de Belo Horizonte (-BH), Marco Antônio Gaspar, não há novidade na parte da pesquisa que aponta que as lojas da vizinhança são as preferidas no setor de alimentação. "Essa é uma característica já conhecida. Ninguém atravessa a cidade por uma promoção de queijo", exemplifica.

A pesquisa também levou em conta outros pontos comerciais. Os shoppings populares e o Mercado Central são frequentados por 44,5% dos consumidores. A região do Barro Preto é a preferida para compras por 21% da população e, a Ceasa, por 14,6%.

É a primeira vez que a Fecomércio Minas realiza pesquisa com esse tema. O principal objetivo é ajudar os comerciantes no planejamento de ações, principalmente diante do atual cenário de retração no consumo.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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