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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 28-03-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Hipercentro da capital mineira ganha plano de reabilitação

Entre as ações está a retirada dos camelôs da região
Nos últimos meses, os comerciantes da região Central da capital mineira têm sido insistentes na demanda pela reformulação e maior atenção ao Hipercentro da cidade. Tanto que, numa ação liderada pela Associação Comercial de Minas (ACMinas) há menos de um mês, criaram o movimento SOS Hipercentro, voltado para debater e buscar soluções para o alto grau de degradação da região. O primeiro resultado veio em forma de um plano de reabilitação elaborado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Apresentado ontem, o plano traz quatro diretrizes que nortearão os trabalhos relativos a camelôs e moradores de rua, além de segurança e revitalização de calçadas.

Uma das medidas é a tolerância zero aos camelôs, que terão prazo de 60 dias para deixar as ruas. Para se ter uma ideia, uma contagem realizada pela prefeitura há dez dias apontou que 647 camelôs trabalham no Hipercentro. Destes, 80 são pessoas com deficiência, autorizadas pela legislação municipal, e 125 são artesãos ou indígenas autorizados por decisão do Poder Judiciário de Minas Gerais.

Quanto aos moradores de rua, o plano incluirá diagnósticos, abordagem social e atendimento nos centros de referências, inclusive aos finais de semana, bem como qualificação e ampliação de vagas de acolhimento, e profissionais.

No campo da segurança foi indicada a presença de cem agentes da Guarda Municipal em áreas do Hipercentro com maior número de ocorrências, principalmente o furto e roubo de celulares.

O presidente da ACMinas, Lindolfo Paoliello, se disse surpreso com o pronto atendimento às reivindicações dos comerciantes por parte da PBH. Segundo ele, a entidade se posiciona como precursora e coordenadora do movimento SOS Hipercentro e deseja acompanhar de perto os desdobramentos das ações propostas pela prefeitura.

Para isso, conforme o presidente, serão mantidos os encontros já marcados, sendo que o próximo ocorrerá no dia 4 de abril. "É importante que participemos deste processo, pois poderemos monitorar e dar sugestões de aprimoramento da revitalização do Hipercentro de BH", destaca.

Neste sentido, Paoliello ressalta que questões como efetividade, agilidade e sustentabilidade ditarão os desdobramentos de cada uma das ações previstas no plano. "É muito importante que as três linhas de frente estejam presentes", diz.

De maneira complementar, o presidente da Associação dos Comerciantes do Hipercentro, Flávio Fróes, afirma que as medidas representam alguma atenção aos pleitos do setor, mas que é preciso aguardar os resultados. Para ele, em curto prazo haverá a melhoria do ambiente nas ruas do Centro e, em longo, até um possível aumento nas vendas.

"Estes pontos estão todos interligados. As calçadas foram tomadas, as fachadas das lojas, prejudicadas e a segurança, diminuída. Com a reorganização do espaço público ganham todos os agentes envolvidos", avalia.

Levantamento - O presidente da de Belo Horizonte (-BH), , disse, por meio de nota, que a proposta da PBH é necessária e positiva. Afirmou ainda que essa é uma demanda antiga da entidade e que no ano passado entregou à PBH um levantamento fotográfico apontando as áreas com maior incidência de camelôs não só no Hipercentro, mas nos principais centros comerciais da Capital.

"Mesmo antes de sua posse, a -BH já vinha solicitando ao prefeito Alexandre Kalil a implantação de políticas de restrição e fiscalização para a ocupação irregular do espaço público por camelôs e toreros. Sempre nos colocamos à disposição para trabalharmos juntos em busca de uma solução para esse problema que tanto atinge o comércio e o desenvolvimento da Capital de modo geral", conclui o documento.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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