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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 24-03-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Vendas recuam na Capital, mas há sinais de melhora

Os termos "fundo do poço" e "luz no fim do túnel" podem ser utilizados na interpretação dos dados do Termômetro de Vendas da de Belo Horizonte (-BH), divulgado ontem. Segundo a pesquisa, no acumulado dos últimos 12 meses - janeiro de 2017 a fevereiro de 2016 -, o varejo da capital mineira apresentou queda de 1,48% nas vendas. Esse é o pior resultado desde 2009, nessa base de comparação.

Mas essa redução nas vendas já desacelerou, indicando que o fundo do poço já passou e há luz do fim do túnel. Segundo a pesquisa, em janeiro de 2017, as vendas do comércio registraram diminuição de 0,98% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado foi melhor que o obtido no mesmo período de 2016, quando a retração foi de 1,70%.

"O dado indica desaceleração da queda. A tendência é de melhora. Já temos índices positivos na economia, mas isso demora um pouco a aparecer nas vendas", diz Marco Antônio Gaspar, vice-presidente da -BH. Ele se refere à queda da inflação e dos juros e, ainda, ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrou a volta da criação de empregos, depois de 22 meses, já que em fevereiro foram gerados 35.612 novos postos.

Segundo Gaspar, para março é esperada uma melhora nas vendas devido à liberação do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mas a recuperação definitiva é aguardada para o segundo semestre. "Dependemos também da estabilidade política", ressalta.

De acordo com a assessoria de imprensa da , o presidente da entidade, , declarou que, em 2016, inflação alta, juros elevados, crescimento do desemprego e quedas sucessivas no PIB contribuíram para a diminuição do consumo.

Ainda segundo a pesquisa da , na comparação de janeiro de 2017 com dezembro de 2016, o índice de venda do comércio teve queda de 0,84%. Marco Antônio Gaspar informou que a redução está dentro do esperado, já que em dezembro as vendas aumentam devido ao Natal. Além disso, janeiro já começa com despesas altas, devido a impostos como IPVA e IPTU. 


Setores - No acumulado de 12 meses, os setores que apresentaram crescimento foram drogarias, perfumes e cosméticos ( 1,57%); veículos e peças ( 0,39%) e supermercados e produtos alimentícios ( 0,28%). Os que tiveram queda foram o de máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,18%); papelarias e livrarias (-0,85%); ferragens, material elétrico e de construção (-0,80%); artigos diversos (-0,13%) e tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,01%).

Regina Celli da Silva é proprietária da loja Empória Cosméticos, no Barro Preto, na Capital. Mesmo tendo um comércio que faz parte do setor que apresentou índice positivo de vendas, ela diz a loja sofreu os efeitos da recessão em 2016. "Até acredito que o setor de cosméticos sofre menos com a crise. Mas mesmo assim tivemos queda nas vendas, principalmente no final de 2016", diz ela. A comerciante afirma que mantém uma equipe pequena e, por isso, conseguiu evitar demissões. Outra iniciativa que ajudou o negócio a se manter foi a loja virtual. Para este ano, a expectativa é de melhora. "Espero poder contratar funcionários no fim do ano", disse.

A pesquisa da apontou que, no comparativo de janeiro de 2017 com igual mês de 2016, apenas o setor de papelarias e livrarias registrou crescimento de 1,26%.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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