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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 17-03-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência entre PJs avança em BH pelo 2º mês

Mais custo, menos consumo e receita afetam o caixa das empresas
A queda generalizada no consumo, o aumento dos custos e a consequente redução da receita têm afetado diretamente a capacidade de pagamento das empresas de Belo Horizonte. Pelo segundo mês consecutivo em 2017, a inadimplência entre pessoas jurídicas na capital mineira subiu, encerrando fevereiro com variação positiva de 9,30% no confronto com igual período do ano anterior. O dado é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH).

Em janeiro, na mesma base de comparação (anual), o indicador de inadimplência já havia registrado uma expressiva elevação de 9,78%, ritmo que foi mantido no mês seguinte. Para o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar, o agravamento da situação de pendência é preocupante e acompanha o cenário econômico do País.

"Quando a gente vê os números da economia, não tem nada ainda que nos faça acreditar em uma recuperação, principalmente no primeiro semestre. E esse dado reflete isso: as empresas não estão tendo aumento de receita. As despesas estão aumentando, mas as receitas não estão crescendo. Em alguns setores, estão até caindo. Logo, com receitas em queda e despesas em alta, algumas dívidas vão ficar para trás", destaca Gaspar.

Dívidas - No confronto com o mês anterior (janeiro), o inadimplemento também cresceu em Belo Horizonte em fevereiro deste ano: 0,83%. A maior dificuldade das empresas em honrar os compromissos financeiros acompanha o comportamento das dívidas das pessoas jurídicas, que vêm aumentando. De acordo com dados da -BH, no último mês, as contas em atraso do grupo subiram 6,64% frente a fevereiro de 2016 e 0,65% ante janeiro.

"A instabilidade econômica desacelerou o consumo das famílias devido à falta de confiança e ao desemprego. Isso afetou diretamente a receita das empresas, que se viram sem capital para investir e pagar suas dívidas", analisa o vice-presidente da -BH. Em fevereiro, o número médio de dívidas das empresas passou de 2,04 por pessoa jurídica.

Para equilibrar as contas e evitar dívidas em um quadro de queda na receita, Gaspar explica que inevitavelmente as empresas precisam reduzir custos, o que, muitas vezes, significa corte de pessoal. O dirigente lembra, no entanto, a importância de se medir a decisão, uma vez que, lá na frente, pode incorrer em perda de vendas.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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