Leitura de notícia
Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 15-03-2017 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Manifestações e paralisações preocupam

Em repúdio ao projeto em tramitação, categorias profissionais se reunirão em ato no centro da Capital
A polêmica proposta de reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, desagrada boa parte da população brasileira, que, hoje, 15 de março, promete parar o País. Em Minas Gerais e, em especial, em Belo Horizonte, a expectativa é por grande adesão de vários sindicatos, trabalhadores e servidores de diversos órgãos públicos. Os protestos, no entanto, preocupam os setores de comércio e serviços da Capital, que preveem prejuízos com o evento.

Para esta quarta-feira, está programado um ato a partir das 9 horas, na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. De acordo com informações da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), a manifestação prosseguirá até a sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na região Centro-Sul. No local, a partir das 14h, haverá uma audiência pública para discutir a reforma.

O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) decidiu pela paralisação por 24 horas, a contar da meia-noite desta quarta. A categoria garante que vai suspender os trabalhos por completo durante o período, o que deve sobrecarregar o transporte coletivo na Capital, que não terá o serviço interrompido. Diante dos transtornos que possam ocorrer, a de Belo Horizonte (-BH) já orientou os associados sobre as medidas a serem tomadas.

"A gente está aconselhando aos associados: quem tiver funcionários que dependem do metrô, que os orientem a buscar os ônibus coletivos, por exemplo. Talvez seja preciso pagar um complemento de passagem, mas isso é melhor do que parar. De toda forma (a paralisação), vai atrapalhar a mobilidade da cidade, já que o transporte coletivo vai ficar sobrecarregado com certeza", pondera o vice-presidente da -BH, Marco Antonio Gaspar.

Leia também

Economista defende urgência nas mudanças

Déficit da Seguridade Social foi de R$ 258,7 bilhões, diz governo

O dirigente afirma que a entidade não é contrária à manifestação, mas pede que o direito de ir e vir seja respeitado. Os prejuízos com os protestos, ele reconhece, não terão como ser evitados, principalmente ao comércio de rua da Capital. "O consumidor tende a postergar a compra em dias de manifestações. Então, com certeza, o faturamento do comércio será prejudicado. Infelizmente, a gente já tem essa previsão. Os shoppings não devem ter muitos problemas, a não ser que o trânsito esteja muito caótico", completa.

Ontem ficou definido que mais de 20 categorias deverão parar nesta quarta-feira no Estado. Em Belo Horizonte, além dos metroviários, o movimento deve contar com adesão dos servidores da educação e saúde, funcionários da limpeza urbana, Correios, bancários, profissionais da rede particular de ensino e trabalhadores da indústria.

Presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu não se mostra preocupado com o impacto do evento para o setor industrial. Segundo ele, os empregados devem trabalhar normalmente neste 15 de março.

"A situação da indústria já está complicada, e aqueles que estão trabalhando não acreditamos que vão aderir, até porque na indústria quem não trabalha, não recebe. Pode ser que trabalhadores que estejam fora por algum motivo venham a participar, mas os que estão trabalhando não devem parar, até porque não é uma reivindicação contra o empregador", explica Abreu, que reconhece a importância da revisão de alguns pontos do texto da reforma encaminhado ao Congresso.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.