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De Tudo um Pouco - São Paulo (SP) ( Notícia ) - SP - Brasil - 20-01-2017 - 10:11 -   Notícia original Link para notícia
CDL-BH pede a anulação do reajuste das tarifas de ônibus - Diário do Comércio

O reajuste de 9,46% no preço da passagem dos ônibus municipais, anunciado no começo do mês, não se tornou uma dor de cabeça apenas para a população que depende do transporte coletivo de Belo Horizonte. Com a alta de janeiro, os setores de comércio e serviços da capital mineira já calculam um crescimento dos custos com a condução dos funcionários em torno de 15% e agora buscam junto à Prefeitura reverter a situação. A de Belo Horizonte (-BH), que representa os segmentos, enviou no último dia 10 de janeiro um ofício ao prefeito Alexandre Kalil (PHS) solicitando a revogação do aumento. Até o momento, a entidade não obteve retorno.

No documento, a -BH solicita ao Executivo municipal a anulação do reajuste até que uma avaliação dos contratos e planilhas do sistema de transporte coletivo seja feita pela nova equipe de governo. O objetivo da entidade é minimizar os impactos resultantes da alta da tarifa, hoje em R$ 4,05, para os dois setores, que já preveem amargar uma queda de 2,97% nas vendas em 2016.

De acordo com o levantamento elaborado pela Câmara, as empresas de comércio e serviços na Capital tiveram uma elevação de cerca de R$ 15 milhões em seus gastos mensais em função do novo preço da passagem. Vice-presidente da -BH, explica que a demanda da entidade vem dentro de um contexto de compromisso firmado pelo próprio prefeito em seu plano de governo.

"A gente quer mostrar que entende a realidade das empresas de ônibus, mas entende também que uma medida radical de revogar o aumento pode trazer para a mesa os lados envolvidos na busca de uma solução que não traga um impacto tão forte para todos. A gente está demonstrando isso para o prefeito: essa preocupação em não termos mais desemprego em Belo Horizonte, lojas fechadas e, consequentemente, menos geração de renda e recolhimento de impostos", afirma Silva.

As micro e pequenas empresas são as mais prejudicadas com o reajuste. Segundo os dados compilados pela -BH, as despesas dos dois portes com o transporte dos funcionários juntas aumentaram R$ 11.609.146,64.

Silva explica que os setores têm conhecimento da ocorrência do reajuste todos os anos, mas esperavam que em 2017 a situação fosse conduzida de outra forma em função da crise econômica brasileira. "O reajuste afeta diretamente a saúde financeira das empresas instaladas nesta capital, visto que elas arcam com cerca de 70% do custo com transporte dos trabalhadores e os setores de comércio e serviços da capital já vêm registrando sucessivas baixas nas vendas", destaca.

Adequações - O vice-presidente da -BH avalia que a tarifa dos ônibus do município é uma das mais altas do País e que o preço cobrado não se justifica. Para ele, seria pertinente uma redução do valor, além de adequações no contrato existente hoje entre a Prefeitura e as empresas de ônibus.

"Qualquer redução que houver no percentual ou uma revogação seguida de um aumento gradativo já ajudaria. Ou pode ter outras soluções que não estão sendo pensadas. O nosso intuito, portanto, é, primeiro, demonstrar o incômodo que causa o aumento e, segundo, que estamos dispostos a buscar uma solução em conjunto", completou.

A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para comentar sobre o ofício encaminhado pela -BH no último dia 10, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno. No dia 2 de janeiro, Kalil deu uma declaração sobre o tema e avaliou que, a princípio, não houve abuso no reajuste. Na ocasião, no entanto, o prefeito informou que colocaria técnicos para avaliar todos os aumentos.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Marcelo de Souza e Silva
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