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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 28-12-2016 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Comércio já pode ter preço de acordo com o pagamento

Medida Provisória 764 foi publicada nessa terça (27) no DOU
BRASÍLIA. Comerciantes estão autorizados a cobrar preços diferentes para compras feitas em dinheiro, cartão de débito ou cartão de crédito. A Medida Provisória 764, que prevê a prática, foi publicada na edição dessa terça-feira (27) do "Diário Oficial da União".

Apesar de proibido pela regulamentação anterior, o desconto nos pagamentos à vista, em dinheiro vivo, já vinha sendo praticado no comércio varejista, e segundo declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a medida provisória vem somente "regular" tal prática.

"Fica autorizada a diferenciação de preços de bens e serviços oferecidos ao público, em função do prazo ou do instrumento de pagamento utilizado", diz a MP. A medida assinada pelo presidente Michel Temer também anula qualquer cláusula contratual que proíba ou restrinja a diferenciação de preços.

A medida faz parte de um pacote de medidas microeconômicas anunciadas pelo governo na semana passada para estimular a economia.

Consumidor. Algumas entidades de defesa do consumidor se manifestaram contra a autorização. Para a Proteste, é "abusiva" a diferenciação de preços em função da forma de pagamento.

"Ao aderir a um cartão de crédito, o consumidor já paga anuidade, ou tem custos com outras tarifas e paga juros quando entra no rotativo. Por isso, não tem porque pagar mais para utilizá-lo", disse a Proteste em nota. A associação recomenda ao consumidor que não adquira bens e serviços em empresas que adotarem a prática.

Um dos principais temores é que se torne comum o embutimento dos custos do cartão já no preço anunciado dos produtos.

Comércio. Para entidades representativas do comércio, o risco de os custos do cartão virem embutidos nos preços anunciados já existe, mesmo sem a medida, e a legalização de preços é positiva. "Existe uma coisa que se chama concorrência. Nada impede aumentar o preço e depois dizer que o desconto é promoção. No mercado você tem liberdade de preços, não vejo que isso vai alterar em nada", disse Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo.

O presidente da /BH, , também ressalta a importância da implantação das medidas de incentivo ao varejo como a diferenciação de preços de acordo com a forma de pagamento. "Essa é uma reivindicação antiga do movimento lojista nacional. O motivo é que para os lojistas o custo para venda com cartões é bem mais alto do que nas vendas à vista".

Volume

Vendas. O volume de vendas no varejo na semana que antecedeu o Natal teve queda de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o indicador SpendingPulse, da Mastercard.

Juros Presidente do BB nega pressão

BRASÍLIA. O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, negou nessa terça-feira (27) que o governo federal esteja exercendo pressão para que a instituição financeira reduza os juros no esforço de retomada da economia. "Não existe pressão em relação a isso", disse Caffarelli, em café da manhã com jornalistas.

Para o executivo, o corte das taxas liderado pelos bancos públicos nos anos recentes "não foi frutífera" e o executivo classifica a iniciativa passada como um "puxadinho" econômico.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, CDL
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