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Reprodução/EBC

Consumidores belo-horizontinos vão frear os gastos com presentes de Natal neste ano. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (6) pela CDLCDL (Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas) de Belo Horizonte revela que 77% do total de 300 pessoas ouvidas durante a pesquisa declararam que gastarão menos com as lembranças de final de ano quando comparado com o mesmo período de 2015. Ainda assim, devido ao aumento da inflação no país, a média de gastos com os presentes deve subir em 35%.

Conforme a pesquisa, 65% dos entrevistas apontam a elevação dos índices de inflação como o motivo para gastar menos neste ano. Falta de dinheiro (23%), endividamento (6%) e desemprego (4%) também foram atribuídos à tendência dos consumidores em reduzir os gastos.

Ainda que a intenção seja gastar menos, o levantamento mostra que a população terá de desembolsar um valor maior para adquirir os presentes de Natal. Contudo, a média de gastos dos belo-horizontinos neste ano deve ser de R$ 120,84 - valor 35% superior ao que foi registrado em 2015.

Para o presidente da CDLCDL de Belo Horizonte, Bruno FalciBruno Falci, não há dúvidas de que a elevação da média de gastos - que era de R$ 89,53 em 2015 - decorre dos altos índices de inflação. "Dificilmente, se compra hoje um produto pelo mesmo preço que ele foi adquirido em 2015", avalia.

O levantamento aponta, portanto, que a maioria dos belo-horizontinos - 60% dos entrevistados - devem desembolsar até R$ 100 com o presente de Natal em 2016. As demais faixas de valor citadas são: de R$ 100,01 a R$ 150 (16,7%); de R$ 150,01 a R$ 200 (8,6%); de R$ 200,01 a R$ 250 (6,8%); de R$ 250,01 a R$ 300 (3,2%); de R$ 300,01 a R$ 400 (3,2%); de R$ 400,01 a R$ 500 (0,5%); e acima de R$ 500 (1,8%).

Presentes

As roupas serão os itens mais recorrentes nas compras de Natal deste ano - 34% dos entrevistados optarão pelo produto têxtil, segundo aponta o levantamento. "Esses produtos têm uma boa saída devido ao seu menor valor agregado que se encaixa no orçamento do consumidor. Além disso, são presentes versáteis e que agradam praticamente todos os públicos", explica o presidente da CDLCDL.

Em seguida, aparece a preferência dos consumidores por brinquedos (20,0%) e cosméticos/perfumes (18,5%). Os demais itens citados na pesquisa da CDLCDL/BH foram: calçados (16,7%); material esportivo (3,8%); eletrônicos (2,3%); livros (1,6%); móveis e eletrodomésticos (0,9%); joias e bijuterias (0,7%) e outros (0,5%). Não responderam 2,6% dos entrevistados.

Regiões de compras

Para 48% dos consumidores entrevistados, as lojas de ruas são os melhores locais de compras de presentes de Natal. Priorizando a praticidade, 26,6% dos entrevistados declararam que vão fazer as compras de final de ano na região onde moram.

A região Central de Belo Horizonte é apontado por 17% dos entrevistados como o melhor local para adquirir os produtos. Em seguida aparecem: outros centros comerciais (1,8%); Savassi (1,4%) e Barro Preto (0,9%). Também foram citados na pesquisa da CDLCDL/BH: shopping center (28,4%); shopping popular (5,0%); internet (3,6%); catálogo de revista (0,5%) e confeccionado (0,5%).

Os que não têm preferência de local para realizar suas compras são 14,0% dos entrevistados. Já 0,5% não responderam.