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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 08-12-2016 - 09:31 -   Notícia original Link para notícia
Eles vetaram os presentes

Quase um quarto dos consumidores de BH decidiu não presentear neste Natal, segundo pesquisa dos lojistas, representando mais do dobro da parcela de 11% observada em 2015



Nas lojas, que já se preparam para a festa cristã, expectativas vão de queda de 1,1% dos negócios a 1,24% de alta, diante da economia parada


Este será o Natal dos "sem-presente". Quase um quarto dos consumidores belo-horizontinos não vai presentear neste fim de ano, de acordo com pesquisa de intenção de compras divulgada ontem pela de Belo Horizonte (/BH). O levantamento indica que 24,2% dos entrevistados não vão comprar nada na data mais importante para as vendas do varejo, ante 75,8% que prestigiarão alguém especial. Trata-se do maior percentual de clientes que não vão comprar presente de Natal já registrado na série histórica da pesquisa, feita desde 2008. No ano passado, esse número foi de apenas 11%, menos da metade.

Por causa das turbulências políticas que continuam a estremecer o país, a /BH ainda espera um Natal magro neste ano, com variação que pode ir de queda nas vendas de 1,10% a aumento de 1,24%, com faturamento próximo de R$ 3 bilhões. "Tem chance de ser melhor do que no ano passado, mas estamos num momento de instabilidade profunda com a política influenciando negativamente a economia. Isso não gera segurança para o consumidor gastar nem para o empresário investir", afirma o presidente da instituição dos lojistas, .

A maioria dos participantes da pesquisa (76,8%), que consultou 300 consumidores, respondeu que o presente deste ano terá valor inferior ao de 2015 e atribuiu o motivo à inflação alta, à falta de dinheiro, endividamento, desemprego e a decisão do consumidor de reduzir gastos. Um total de 59,5% de pessoas informou que pretende desembolsar até R$ 100 com o presente.

Embora o cliente queira gastar menos, o tíquete médio por presente entre os consumidores deverá ficar em R$ 120,84, valor 35% maior em relação ao ano passado, quando o tíquete médio foi R$ 89,53. "Não podemos esquecer a inflação. O mesmo produto agora custa muito mais caro do que no ano passado", reforça Falci. O valor médio que o consumidor deve desembolsar é maior que o tíquete médio informado por empresários, de R$ 104,56.

"Se chegar a 100, a gente já está satisfeito", diz Falci, para quem o aumento da previsão do tíquete médio de compras não será suficiente para equilibrar as contas do ano, já que menos pessoas devem presentear. No balanço do ano, o comércio varejista deve fechar com retração de 2,97%. Em 2015, a redução nas vendas foi de 4,34%. "A queda está desacelerando", afirma.

13º SALÁRIO A notícia de que o governo de Minas pagará metade do 13º salário dos servidores em 22 de dezembro e o restante em três vezes até março repercutiu negativamente nas expectativas do comércio para o Natal. "BH tem um número alto de funcionários públicos. Gostaríamos que o governo de Minas fizesse o pagamento no início do mês. Se o 13º tivesse vindo antes melhoraria a inadimplência e as vendas", afirma Falci.



Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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