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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 01-12-2016 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
BC reduz juros, mas setor produtivo cobra mais ousadia

Taxa cai para 13,75% no segundo corte seguido do Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nessa quarta-feira (30) uma nova redução dos juros básicos da economia (Selic), de 0,25% ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime. No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos. De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião, "a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida", disse o BC em nota.

O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento. No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras, a inflação oficial fechará o ano em 6,8%.

A queda, no entanto, não agradou o setor produtivo. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, esperava mais. "O ideal seria uma redução mais ambiciosa, tendo em vista que o Brasil persiste em recessão e que a inflação segue desacelerando", disse.

"Com o pouco espaço fiscal disponível, em todos os níveis da administração pública, o país depende exclusivamente da política monetária para estimular a recuperação da produção. Entendo que a demora em iniciar o afrouxamento monetário contribuiu significativamente para a deterioração nas condições econômicas ao longo de 2016. Da mesma forma, a falta de ousadia atrasa o próximo ciclo de crescimento", completou o industrial.

Maior do mundo. Com os juros básicos em 13,75% ao ano, a taxa real soma 8,53%. Com isso o Brasil, permanece bem acima do segundo colocado, que é a Rússia, com 4,46% ao ano.

Com bons olhos

"O movimento lojista recebe com bons olhos a decisão de reduzir, pela segunda vez no ano, a taxa básica de juros. O corte chega para dar início aos investimentos produtivos que geram emprego e renda"



Presidente da /BH

Perdeu a chance

"O governo, mais uma vez, perdeu uma ótima oportunidade de sinalizar para o setor produtivo, que gera emprego e renda, que o país não bajula mais os especuladores. A queda é muito tímida"

Paulo Pereira da Silva

Força Sindical

Poupança perde Fundos de investimentos mais rentáveis

Brasília. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), mesmo com a redução dos juros para 13,75% ao ano, os fundos de investimento continuam mais atrativos do que a poupança. A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano.

Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, CDL
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