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Minas 1 ( Notícias ) - MG - Brasil - 22-11-2016 - 20:01 -   Notícia original Link para notícia
Redução de acidentes em BH gera economia de R$ 6 milhões, aponta CDL

Queda de acidente entre agosto e outubro gera economia aos cofres públicos de R$ 6 milhões

Levantamento da entidade indica que sociedade "economizou" a quantia apenas no último trimestre; índices apontam maior conscientização dos motociclistas da capital

PAULO ROBERTO NETTO

ESPECIAL PARA O TEMPO

A redução nos números de acidentes envolvendo motociclistas em Belo Horizonte levou a uma economia superior a R$ 6 milhões, aponta pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH). O levantamento indica também uma maior conscientização dos motociclistas da capital em relação ao uso de equipamentos de segurança.

"Desde o ano passado, notamos essa mudança no comportamento do motociclista. Eles estão mais conscientes ao uso de equipamentos de segurança e também realizam mais vezes as manutenções preventivas", conta o diretor da câmara setorial Duas Rodas, braço da -BH, Milton Furtado.

Segundo Furtado, a maior conscientização dos motoristas está entre os fatores que levaram à redução do número de atendimentos médicos realizados no Hospital João XXIII. O balanço foi realizado entre os meses de agosto e outubro e apontou que foram registrados 235 atendimentos a menos que o mesmo período de 2015. Em 2015, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII atendeu 1.678 motociclistas acidentados entre agosto e outubro. Neste ano, foram 1.443 em igual período.

A partir do cruzamento de informações com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a -BH estimou que todos esses acidentes evitados pouparam à sociedade um gasto de R$ 6 milhões apenas no último trimestre.

"A pesquisa do Ipea nos apontou que cada acidente de motocicleta com vítima custa, em média, R$ 27 mil à sociedade, pois envolve custos com atendimento policial, deslocamento de ambulância, gastos dos familiares no hospital, e até os dias que aquele motociclista ficou sem produzir no trabalho", explica Furtado. "Quando multiplicamos pelo número de acidentes evitados desde agosto, notamos que tivemos essa economia de R$ 6 milhões".

Nos cofres do Sistema Único de Saúde (SUS), a economia no último trimestre com a redução dos índices de acidente chegou a R$347 mil. "Essa nova postura é uma grande mudança que estamos notando no comportamento do motociclista da capital", conta Furtado.

A conscientização se converte em números. Os dados do levantamento da -BH também indicam que o uso de artigos de segurança em boas condições subiu em comparação ao ano passado. No caso das luvas, apenas 11% foram consideradas apropriadas para o uso em 2015; neste ano, 40% estavam em condições adequadas. Os dados envolvendo jaquetas e calçados também mostram melhora, pulando de 22% para 54% e de 34% para 53%, respectivamente.

Crise afeta troca de equipamentos

Apesar da melhora nos dados relativos ao uso de luvas, jaquetas e calçados, outros equipamentos registraram retração no comparativo com o ano anterior. É o caso das condições dos pneus, freios, capacetes, rodas e buzinas.

A maior queda foi notada na qualidade dos capacetes utilizados pelo motociclistas da capital. Enquanto em 2015 cerca de 79% dos equipamentos estavam em boas condições, somente 68% estavam na mesma situação neste ano. Para a -BH, o desgaste natural aliado à crise econômica pode estar atrasando a troca dos artigos.

"Estamos atribuindo essa queda à conjuntura econômica que passa o país. Com a crise, os motociclistas estão utilizando os equipamentos que possuem até o limite, para não precisarem trocar sempre", diz Furtado. "Não é uma coisa segura, claro, mas também não interfere completamente no funcionamento ou na segurança do motociclista".

A qualidade dos freios também sofreu uma leve retração e, neste ano, cerca de 63% dos equipamentos analisados estavam em boas condições. O conjunto de peças que transmitem energia do motor às rodas foi o único equipamento que não apresentou alterações em relação a 2015, onde 48% dos artigos foram considerados apropriados.

Motofretistas são responsáveis pela melhora dos índices

A pesquisa da -BH observou 561 motociclistas de Belo Horizonte, sendo que 44% deles eram motofretistas. Segundo Furtado, a legalização da profissão de motoboy assim como as exigências sobre esses profissionais foram as principais responsáveis pela melhora dos índices do levantamento.

"Essa mudança no comportamento mostra que os fretistas estão mais preparados, instruídos e sensíveis a usar os equipamentos de segurança. Isso porque eles sabem que essa é a fonte de trabalho e renda deles", diz Furtado. "Basta olhar que são registrados bem menos acidentes com motofretistas do que com os demais motociclistas. Eles fazem cursos, têm mais regras para seguir e, com isso, toda a classe melhora", conta o diretor.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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