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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 18-11-2016 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Cai o número de pessoas que pretendem gastar no Natal

Neste ano, 51% dos consumidores de Belo Horizonte planejam presentear; em 2014, eram 66,5%
Se Natal era associado à fartura, isso ficou no passado para muitos consumidores. Na casa da dona de casa Lila Jane dos Anjos neste ano não vai ter ceia, e ela conta que não pretende comprar presentes. "Vai ser um ano sem comemoração nem viagem", diz. O motivo, conforme ela, é a situação ruim da economia brasileira. A situação de Lila é verificada no levantamento da Fecomércio Minas divulgado nessa quinta-feira (17), que mostra que quase metade dos consumidores (49%) não pretende presentear neste Natal. "O número de pessoas que pretendem comprar é menor neste ano, 51%. Em 2015, 66,5% dos consumidores tinham a intenção de presentear", observa o economista da entidade Guilherme Almeida.

A pesquisa Intenção de Consumo para o Natal da entidade, mostra que o gasto com os presentes não deverá ultrapassar o valor de R$ 100 para 80,4% dos consumidores. Na comparação com o ano anterior, 86,3% pretendiam presentear com artigos nessa faixa de preço. "Como tem a inflação do período, o gasto real será menor neste ano", analisa Almeida.

Outro levantamento, da consultoria Deloitte, também mostra que o cenário não é nada favorável ao consumo, mesmo com todo o apelo emocional da data. Segundo a pesquisa da entidade, 63% dos brasileiros pretendem gastar menos em 2016 em relação ao que foi despendido no Natal do ano passado.

Prioridade. Com os gastos do enxoval de seu primeiro filho, a estudante Carolina Lucinda Alves diz que só vai comprar presente para os sobrinhos, já que são crianças. "Pretendo gastar o mesmo valor do ano passado, por volta de R$ 200 para os dois", diz.

A pesquisa da Fecomércio Minas mostra que os brinquedos ocupam o segundo lugar na intenção de compras para o Natal, com 29,5% do total, só perdendo para as roupas (40%).

O presidente da de Belo Horizonte (-BH), , está mais otimista e ressalta que os pais têm o costume de fazer um esforço para presentear as crianças na data, o que ameniza um pouco a situação para o comércio.

Levantamento divulgado nessa quinta-feira (17) pela -BH feita com 175 empresários da capital e da região metropolitana no período de 24 de outubro a 4 de novembro, estima gastos de R$ 104,56 com cada presente. "Apesar do orçamento apertado, os consumidores devem desembolsar um pouco mais neste Natal, pois o valor dos produtos está mais caro", observa o presidente da entidade. Em 2014, último ano de alta nas vendas no Natal, com crescimento de 2,08%, o valor gasto com o presente era bem mais alto, R$ 195,13, segundo dados da /BH.

Empresários estão menos otimistas neste ano

O empresário do varejo não está otimista com o desempenho das vendas do Natal. Pesquisa sobre a expectativa do comércio para a data da Fecomércio-MG mostrou que da maior parte dos 381 lojistas de Belo Horizonte, 40,4% apostam em vendas piores este ano, e 28,4%, em empate. "Para a maioria, 68,8%, as vendas serão piores ou iguais ao resultado de 2015", observa o economista da entidade Guilherme Almeida.

Ele afirma que o levantamento feito com os empresários é condizente com o feito pelos consumidores, que ainda estão receosos, em especial com a manutenção do emprego. Já o levantamento da -BH aponta que 38,3% dos 175 empresários da capital e região metropolitana estimam vendas maiores neste ano.

Previsão. Para a -BH, as vendas de dezembro podem ter queda de 1,1% ou até mesmo alta de 1,24%, na comparação com 2015. As vendas devem injetar de R$ 3,01 bilhões a R$ 3,08 bilhões na economia.

Só crianças

"Pretendo gastar menos. A prioridade no Natal são os presentes do meu neto e dos sobrinhos, que são crianças"

Cátia Dias

Dona de casa


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, Criança
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