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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 17-11-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência continua elevada em Belo Horizonte

Gaspar: os números refletem o atual cenário econômico/-BH/Paulo Márcio

Embora a inadimplência dos consumidores belo-horizontinos esteja caindo em relação aos meses anteriores, na comparação com o ano passado, o índice ainda continua em patamar elevado. A justificativa está nos sinais de melhoria que a conjuntura econômica já vem dando, como queda da inflação e dos juros. Por outro lado, componentes importantes como a renda e os níveis de emprego seguem inferiores aos registrados no fim de 2015, dificultando a redução.

Em outubro, o número de dívidas em atraso apresentou alta de 1,86% frente ao mesmo período do exercício anterior. Em 2015, o índice ficou em 3,27%. Já na comparação com o mês imediatamente anterior houve queda de 1,59%. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH).

De acordo com o vice-presidente da entidade, Marco Antônio Gaspar, o números refletem o atual cenário econômico do País. "A queda da renda das famílias, motivada pelo aumento do desemprego, tem criado um cenário de dificuldades para os consumidores da Capital. Já no que se refere à melhoria em relação ao mês anterior, além do cenário mais propício, temos a contribuição do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário para os aposentados e pensionistas. Boa parte dessas pessoas aproveita esse recurso para quitar débitos", explica.

No mês passado, na comparação com o mesmo período de 2015, a maioria das dívidas em atraso (26,64%) foi registrada por consumidores com idade superior a 65 anos. Neste caso, Gaspar lembra que se trata de um público com mais dificuldade em conciliar receitas e despesas. Ele destaca também que muitos idosos recorrem ao empréstimo consignado para ajudar familiares, comprometendo a renda e acabam não conseguindo honrar outros compromissos.

"Além disso, a renda na aposentadoria reduz, mas o custo de vida aumenta. Dessa forma, fica difícil fechar o orçamento no fim do mês", afirma.

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Gênero - Na análise por gênero, os homens foram os responsáveis pela maioria das dívidas em atraso (2,04%) no décimo mês de 2016, sobre o mesmo intervalo do ano anterior. Já as mulheres responderam por um aumento de 1,27% nos débitos pendentes do SPC da -BH.

Em relação ao número de pessoas inadimplentes, o levantamento mostrou que aumentou 3,15% em outubro na comparação com outubro de 2015. O representante da entidade atribui esse aumento a queda dos principais indicadores macroeconômicos que acabam prejudicando a capacidade de pagamento dos consumidores. Já na comparação com setembro, esse indicador teve uma retração de 0,61%.


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