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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 04-11-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Contratação de temporários para o Natal deve ser 42,88% menor

O forte apelo emocional do Natal não deverá ser suficiente para aquecer a contratação de profissionais temporários para as vendas de fim de ano pelo mercado belo-horizontino. Desestimulada pelos resultados ruins obtidos ao longo de 2016 e preocupada com o controle de gastos, a maior parte dos lojistas da Capital promete aproveitar, no período, a mão de obra já disponível. Pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH) calcula que, neste ano, serão abertas 2.048 vagas temporárias, uma redução de 42,88% quando comparada à estimativa de 2015 (3.586).

Do total de empresários entrevistados na Capital, a imensa maioria - 90,5% - afirma que não vai ampliar a quantidade de empregados para o período natalino. Entre os principais motivos citados pelos comerciantes para a decisão estão o fato de que o quadro atual da empresa já atende à demanda da clientela (44,1%), seguido pela queda nas vendas (26,1%), momento não favorável economicamente (13,3%) e redução dos gastos (7,4%).

Para o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar, esses dados apenas refletem como foi até agora o ano de 2016 para o comércio. "O empresário não quer correr riscos. Então, no planejamento de contratação, ele simplesmente opta por não contratar ou contratar menos, o que não quer dizer que isso vai acontecer efetivamente. A programação é feita com base nos resultados das últimas datas comemorativas, e elas tiveram queda. Portanto, vendendo menos, a maioria não vai contratar. Essa é a ideia do lojista. Mas a gente acredita que vai haver uma inflexão da curva, vai parar de piorar, então, pode ser que tenhamos surpresas", avalia Gaspar.

Dentre as empresas que não vão contratar temporários, 56,7% têm até quatro funcionários, o que, na avaliação do presidente da -BH, , retrata a maior influência da crise em negócios de menor porte. "São empresas com um menor faturamento e que possuem menos condições de absorver os impactos da economia", afirma.

Na outra ponta, entre os lojistas que disseram que pretendem aumentar a quantidade de empregados (5,5%), 45,4% esperam contratar menos do que em 2015, 36,3% acreditam que o número será semelhante ao do ano anterior e 18,1% que será maior. Dentre as 2.048 vagas temporárias estimadas pela -BH, a maior parte (90,9%) será para o cargo de vendedor e 9,1% para o de caixa.

Grande parcela dos empresários dispostos a fazer contratações (36,4%) é do segmento de vestuário, que tradicionalmente se destaca entre os preferidos dos consumidores. Em seguida, de acordo com o levantamento, aparecem os proprietários de lojas de calçados (27,3%), perfumes/cosméticos (18,2%), papelarias e livrarias (9,1%) e artigos diversos (9,1%). "(Roupas) São itens de fácil escolha e com uma ampla variedade de preços. Dessa forma, as pessoas conseguem adequar melhor sua compra ao orçamento", explica Falci.

Efetivação - O percentual de comerciantes que esperam realmente efetivar esses funcionários ao fim do Natal, no entanto, também é pequeno. Segundo a pesquisa, apenas 18,1% dos que vão contratar admitem que a probabilidade de efetivação é muito alta, contra 81,9% que afirmam que as chances são baixas ou muito baixas. Para o presidente da -BH, esses números, porém, não devem desestimular o trabalhador em busca de emprego.

"O empregado temporário deve aproveitar a oportunidade para mostrar seu trabalho, atendendo bem a clientela e fazendo boas vendas. Para quem deseja crescer no varejo, uma boa dica é investir em cursos de qualificação", orienta.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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