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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 01-11-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Recuperação de crédito cai 2,98% em BH

A renda continua achatada pela inflação e, com isso, o consumidor de BH não consegue pagar as dívidas que estão em atraso/Divulgação

A recuperação de crédito na capital mineira apresentou queda de 2,98% em setembro frente ao mesmo período de 2015, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH). O aumento do desemprego, aliado às altas taxas de juros e à pressão inflacionária, tem prejudicado o orçamento das famílias e, consequentemente, dificultado a vida do belo-horizontino na hora de pagar as dívidas.

De acordo com a economista da entidade, Ana Paula Bastos, nem mesmo a "trégua" dada pela inflação recentemente tem sido capaz de amenizar a situação. Isso porque, segundo ela, o nível de desemprego continua alto, restringindo o orçamento das famílias. "A renda continua apertada e as pessoas não conseguem pagar suas dívidas em atraso", resume.

Ainda conforme o levantamento da -BH, a recuperação de crédito registrou queda de 0,54% em setembro na comparação com agosto. Já no acumulado de janeiro a setembro, o índice de renegociação de dívidas apresentou retração de 3,8%.

Neste sentido, Ana Paula Bastos volta a destacar que a permanência do atual cenário econômico de instabilidade tem favorecido a queda do pagamento das dívidas na Capital.

"Os altos níveis de inflação e as taxas de juros em patamares elevados estão criando um cenário de dificuldades para o consumidor. Afinal, a renda acaba sendo insuficiente para manter as despesas básicas da casa e para quitar débitos antigos", explica a economista.

Dos consumidores que quitaram suas dívidas em setembro, as mulheres foram responsáveis por 56,47% dos cancelamentos de registros junto ao SPC. Entre os homens, esse índice foi de 43,53%.

Além disso, os consumidores com idade entre 30 e 39 anos foram os que mais regularizaram seus débitos (28,34%) em setembro. Já a minoria dos pagamentos das dívidas (6,92%) correspondeu ao público de 18 a 24 anos. Em seguida aparecem: 40 a 49 anos (23,77%); de 50 a 64 (20,77%); de 25 a 29 anos (11,03%) e acima de 65 anos (9,16%).

Injeção do 13º - A economista revela também que apesar dos aposentados e pensionistas mineiros já terem recebido a primeira parcela do 13º salário, a recuperação de crédito continua em baixa, sendo motivada pela piora dos indicadores macroeconômicos. Ela diz que a injeção de recursos na economia de Belo Horizonte, a partir do pagamento do 13º salário dos demais trabalhadores, poderá ajudar os consumidores a quitar seus débitos.

"De toda maneira, estes recursos dificilmente serão suficientes para uma recuperação total, uma vez que a massa salarial está menor e as pessoas possuem outros compromissos financeiros para honrar", conclui Ana Paula Bastos.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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