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Reprodução/EBC

A inadimplência em Belo Horizonte cresceu 5% em setembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior. A maioria dos consumidores com as contas no vermelho é composta por homens na faixa dos 65 anos. Entre setembro e agosto deste ano, o número de registros no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) também cresceu, apontando alta de 1%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (21) pela CDLCDL-BH (Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas). Confira a íntegra do levantamento.

Para a economista da entidade, Ana Paula Bastos, o crescimento da taxa de devedores na capital foi ocasionado não só pela alta no índice de desemprego como também pela redução do poder de compra da população.

"Aliado à essa perda mensal da renda, muitos consumidores tem sofrido com o encarecimento do custo de vista", explica. "Com isso, a saída encontrada por muitas pessoas para tentar equilibrar o orçamento é privilegiar o pagamento das despesas essenciais para a subsistência do lar como água, luz e alimentação. Mas, em compensação a quitação de outras dívidas é adiada", completa.

Perfil

A economista da CDLCDL/BH avalia que o custo de vida dos idosos é maior e, por isso, foi registrado maior índice de inadimplência nessa parcela da população. "Devido à renda menor, por causa da aposentadoria, essas pessoas têm mais dificuldade em quitar suas dívidas. Além disso, o custo de vida desse público é alto. Afinal a combinação de aumento dos gastos com planos de saúde e remédios acaba levando muitos ao desequilíbrio financeiro", afirma.

Na análise por gênero, os homens foram os responsáveis pela maioria das dívidas em atraso (5,04%) em setembro de 2016, frente ao mesmo período do ano anterior. Já as mulheres responderam por um aumento de 4,97% nos registros do SPC da CDLCDL/BH.

Metodologia

Os indicadores de inadimplência apresentados pela entidade foram colhidos por meio de bases de dados a que o SPC Brasil e a CDLCDL/BH têm acesso. O indicador de pessoas físicas inadimplentes aponta variação mês a mês no número de pessoas registradas na base do SPC Brasil.

Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independentemente do número de dívidas que tenha em atraso.