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Portal CORECON - Portal do Economista - MG ( Notícias ) - MG - Brasil - 20-10-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Banco Central corta juros pela 1ª vez em quatro anos

Diário do Comércio | Da redação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou ontem a redução dataxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. É o primeiro corte da taxa desde outubro de 2012. A decisão foi tomada de forma unânime.

A maioria dos analistas esperava que os juros caíssem nesta reunião, diante da desaceleração da inflação e do andamento de medidas do ajuste fiscal. Entretanto, não havia consenso sobre o tamanho dessa redução.

O próprio Palácio do Planalto avaliou que já existem as condições para o início de um novo ciclo "consistente" de queda da taxa básica de juros, com a ressalva de que a decisão é do Banco Central.

Interlocutores do presidente Michel Temer disseram que começar a flexibilização da política monetária já é importante para assegurar a retomada do crescimento da economia no final do ano. Sem isso, o risco é adiar este processo e reduzir o potencial de crescimento em 2017, estimado pelo governo em 1,6%.

No Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nessa segunda-feira (17), economistas cortaram a projeção para a Selic de 13,75% para 13,50% ao final de 2016. O Copom tem mais uma reunião neste ano, em novembro, quando deverá ocorrer um corte de 0,50 p.p., conforme essas projeções.

A mudança na estimativa ocorre após a Petrobras anunciar, na última sexta-feira (14), a redução dos preços da gasolina e do diesel nas refinarias, o que deve aliviar a inflação neste ano, contribuindo para que o BC diminua a taxa de juros no País, na avaliação de analistas.

As apostas de que haveria corte dos juros em outubro começaram a ganhar corpo quando a inflação começou a dar sinais de desaceleração. O IPCA, índice oficial de inflação, surpreendeu ao cair no mês passado para o menor patamar para o mês desde 1998. O índice mensal ficou em 0,08%, divulgou o IBGE, bem abaixo das estimativas de alta de 0,19%.

Outro fator que reforçou as expectativas de redução da Selic foi a aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) que limita os gastos públicos, a chamada PEC do Teto, em primeira votação na Câmara dos Deputados. O avanço do ajuste fiscal era uma das condições estabelecidas pelo BC para começar a cortar os juros.

Repercussão - A decisão do Copom de reduzir a taxa básica de juros no País de 14,25% para 14% ao ano ainda está abaixo do ideal, na avaliação do presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Junior, em nota. Por outro lado, a redução apresentada ontem, mesmo tímida, é recebida com alívio devido à inflação apresentar recuo desde o fim de 2015 e ao cenário crítico da economia brasileira.

Machado Junior aponta que o Copom iniciou, tardiamente, o processo de queda dos juros no País."Entendo que a decisão foi muito tímida, havendo espaço para uma taxa de juros muito menor. Ainda assim, a indústria mineira recebe com alívio a decisão e espera que os juros caiam rápida e aceleradamente nas próximas reuniões. Isso é mais do que razoável, uma vez que a inflação vem recuando desde o final do ano passado e a economia brasileira vive um dos piores momentos da sua história".

"Após um longo período de sucessivas altas na Selic, o movimento lojista da capital comemora a decisão do Banco Central de reduzir, pela primeira vez no ano, a taxa básica de juros. Agora a expectativa dos empresários dos setores de comércio e serviços é que a inflação também continue caindo e que o consumo seja estimulado", afirma, em nota, o presidente da de Belo Horizonte (-BH), . Com informações da Folha Press.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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