CDLCDL/BH pretende implementar proposta em avenidas da cidade a partir de 2017 com apoio do novo prefeito
Para diminuir o número de acidentes com motociclistas no trânsito de Belo Horizonte, a Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas (CDLCDL-BH) quer tirar do papel , a partir de 2017, o projeto de criação de motofaixas em vias de grande fluxo de veículos na cidade. A proposta está sendo desenvolvida desde o começo deste ano e foi um dos assuntos debatidos durante o 5º Fórum Mineiro de Motociclismo, realizado em BH, na última semana.

Em julho passado, com o objetivo de dar mais segurança aos motociclistas, a BHTrans criou "bolsões" para parada das motos à frente dos carros em cruzamentos semafóricos da Cristiano Machado e a iniciativa experimental teve boa aceitação no trânsito. De acordo com o diretor da Câmara Duas Rodas da CDLCDL-BH, Milton Furtado, a ideia agora é partir para as faixas exclusivas para as motos.

Inicialmente, segundo ele, elas seriam implantadas nas avenidas Cristiano Machado e Amazonas, além de parte do Anel Rodoviário, locais onde há grande fluxo de motociclistas e também de ocorrência de acidentes com moto. De janeiro a setembro deste ano, foram realizados 4.652 atendimentos de pessoas vítimas de acidente de moto na rede pública hospitalar da capital. No ano passado, foram outros 6.666 atendimentos.

Em SP, não funcionou

Apesar do bom intuito da CDLCDL-BH, a experiência das motofaixas foi malsucedida na cidade de São Paulo. Na maior cidade da América Latina, as primeiras faixas exclusivas para motocicletas foram inauguradas em 2006. No entanto, todas gradativamente começaram a ser desativadas a partir de 2013 pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) por não cumprirem seu papel. Em vez de reduzir, as faixas exclusivas acabaram aumentando o número de acidentes.

A última motofaixa de São Paulo foi extinta em agosto de 2014. O fim das motofaixas gerou protestos por marte dos motoboys. A maioria delas foram transformadas nas atuais ciclovias da cidade. "São Paulo é diferente de BH, uma cidade maior. Não deu muito certo porque o trânsito paulista é mais intenso", avalia Milton Furtado.

Otimista en relação ao projeto, a CDLCDL-BH pretende contar com apoio do novo prefeito de Belo Horizonte para que as motofaixas sejam implantadas em 2017. "A partir do ano que vem temos um novo prefeito, e esperamos que ele nos atenda nessa reinvidicação. Os motociclistas merecem ter condições melhores e mais seguras no trânsito", conclui Furtado.