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Portal O Tempo ( Opinião ) - MG - Brasil - 28-09-2016 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Contando com a família

Uma pesquisa realizada anualmente pela de Belo Horizonte (-BH) mostrou neste ano que mais da metade dos moradores da capital (54,8%) têm compartilhado compromissos financeiros com outros membros da família, enquanto apenas 23,1% vêm assumindo todos os pagamentos sozinhos. O objetivo desse compartilhamento é evitar a inadimplência e a consequente perda de crédito no mercado.

Esse aperto é consequência do quadro econômico em nosso país. De um lado o aumento do desemprego que segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já atinge cerca de 12 milhões de brasileiros. De outro lado, a inflação ainda permanece em um patamar elevado. Junte-se a isso, a falta de hábito do brasileiro em ter uma reserva financeira para enfrentar os períodos mais turbulentos.

Em 2015, o número de belo-horizontinos que compartilhava as contas com familiares era ainda maior. Eram 57,1% dos entrevistados. O que poderia ser uma boa notícia perde sentido quando surge outro dado da pesquisa. O percentual de consumidores que deixam os pagamentos para outros moradores da casa aumentou de 9,2% para 20,4% de um ano para outro. É um crescimento considerável.

Em uma análise por faixa etária, os consumidores que mais dividem as responsabilidades com os familiares são os jovens e os idosos, com um percentual de 60% em cada uma destas faixas. Tem crescido o número de idosos responsáveis financeiros pelas despesas de seu grupo familiar. Isso acontece em virtude da aposentadoria recebida pelos mesmos ser uma renda garantida. Um aposentado não fica sem sua renda como um desempregado. Além disso, o acesso dos aposentados aos empréstimos consignados funciona como uma saída para manter em dia as contas da casa. O problema é que as parcelas desse empréstimo irão diminuir por um longo período a renda destes aposentados.

Fazendo uma análise por gênero, as belo-horizontinas compartilham mais suas despesas. De acordo com o levantamento do -BH são 57,9% das entrevistadas que dizem contar com a ajuda dos familiares no momento de honrar seus compromissos financeiros. Entre os homens, o percentual é de 50%. E mais homens do que mulheres arcam com as contas sozinhos.

A pesquisa mostra também a prioridade dos belo-horizontinos no pagamento de suas contas. As contas consideradas de primeira necessidade como água, luz e telefone são as prioridades. Em seguida vem os gastos com alimentação/ gás (prioridade para 31% dos entrevistados), educação (11,8%) e lazer (11,1%). Essa informação traz uma preocupação para os empresários de outros segmentos da economia.

Na capital mineira, a maior parte dos consumidores (59,7%) prioriza o pagamento de acordo com a data de vencimento. E os locais preferidos para a quitação das contas são em primeiro lugar as casas lotéricas (30,1%), caixas eletrônicas (25,7%) e internet banking (16,7%).

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