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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Opinião ) - MG - Brasil - 09-09-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Editorial - Uma política de resultados

A conclusão do processo de impeachment e fim da interinidade do presidente Michel Temer é vista por líderes empresariais mineiros como um sinal positivo. Apesar das incertezas que persistem, existem elementos objetivos para que o setor privado ganhe confiança, depois de uma espera que o presidente da Federação da Agricultura, Roberto Simões, definiu como "ansiosa", sentimento que leva Olavo Machado, presidente da Federação das Indústrias, a lembrar que a administração federal não pode ter como foco exclusivo ações emergenciais, devendo pôr atenção também nas medidas estruturantes, como as aguardadas reformas política, previdenciária, trabalhista e tributária. À lista o presidente da de Belo Horizonte, , acrescenta redução dos gastos públicos, queda dos juros e educação de qualidade.

O sentimento mais geral parece ser de cautelosa confiança entre empresários, que também apontam a possibilidade de voltar a trabalhar com visão de médio e longo prazos. Por enquanto, no geral, uma aposta positiva, mesmo diante das incertezas que persistem no ambiente político, ainda marcado pela tensão. Os empresários compreendem a urgência de ajustes que devolvam equilíbrio às contas públicas, mas, ao mesmo tempo, tem clara consciência de que é necessário avançar além de medidas apenas pontuais. Voltar a crescer e, sobretudo, garantir que este seja um processo sustentável, demanda que afinal se realizem as reformas que estão na pauta nacional desde a redemocratização.

Parece estar claro, entre líderes empresariais mineiros, que é preciso ir além de ajustes que não alcancem aspectos estruturais, na busca de um reequilíbrio que poderia ser apenas superficial e transitório. A grande questão continua sendo o enfrentamento dos gargalos que limitam a eficiência e consequentemente a competitividade dos negócios no País, especialmente na indústria. De início, e como bem aponta Olavo Machado, da Fiemg, com simplificação, com redução da burocracia que consome energia e recursos das empresas sem qualquer sentido prático relevante. Mudanças nessa direção provocariam efeitos imediatos e, inclusive, poderiam representar, também para o Estado, redução de custos, com ganhos evidentes de eficiência.

Nas condições que se apresentam e diante da escassez de recursos, poderia ser o ponto de partida, o primeiro e mais forte sinal da disposição de fazer diferente e de fazer melhor. Nesse rumo, não há porque duvidar, o processo de retomada da confiança poderá ser facilitado, da mesma forma que, sem custos que não podem ser suportados, resultados tenderão a aparecer mais rapidamente.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas
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