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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 09-09-2016 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Natal será mais magro e com menos vagas temporárias

Confederação espera que sejam abertas 135 mil vagas
O Natal deste ano será mais magro tanto nas vendas quanto na abertura de postos de trabalho temporários, segundo previsão feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O volume vendido deve diminuir 3,5% em relação ao mesmo período de 2015, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro. Como consequência, a demanda por funcionários temporários deve encolher: serão ofertadas 135 mil vagas em todo o país, no cálculo da confederação, o equivalente a 2,4% menos postos de trabalho no comércio varejista do que em 2015.

Em Minas Gerais, ainda não há levantamentos sobre as vendas e contratações de temporários para o Natal. "O que é certo é que serão de queda", diz o economista da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida. Ele observa que ainda não aconteceram mudanças na economia para que a situação do setor seja melhor. "Ainda prevalecem queda no emprego, juros e inflação altos e restrição ao crédito. Tudo isso interfere na demanda", analisa.

No ano passado, levantamento da Fecomércio-MG mostrou que 41,8% dos empresários entrevistados apostavam em vendas menores, com queda média de 9,1%. A intenção na contratação de temporários era de 19%, inferior aos 33% de 2014.

Será o segundo ano consecutivo de recuo nas vendas e no emprego no setor. Os maiores volumes de contratação ocorrerão no segmento de vestuário, com 62,4 mil vagas previstas, e de hipermercados e supermercados, com 28,9 mil vagas. Os dois setores juntos representam 42% da força de trabalho do varejo e respondem por cerca de 60% das vendas natalinas.

A economista da de Belo Horizonte Ana Paula Bastos ressalta que, para as vendas voltarem a crescer, é importante o emprego aumentar. "Sem emprego, as pessoas consomem o mínimo possível. Afinal, elas não têm recursos". (Com agências)

Shoppings

Menos gente. O fluxo nos shoppings permanece em queda. Em agosto, 2,5% menos pessoas foram aos centros de compra comparado a agosto de 2015, segundo indicador do Ibope Inteligência.

Empregos

Comerciante deve manter quem já tem

Com o cenário ruim na economia, "o comerciante deve aproveitar o quadro que ele tem, já que as vendas estão fracas", prevê a economista da de Belo Horizonte (-BH) Ana Paula Bastos. "Contratar mais envolve custos", diz.

Ela explica que, normalmente, as contratações de trabalhadores temporários para o Natal ocorrem em outubro. Mas em 2016, ela acredita que quem for contratar deve postergar ao máximo, de acordo com a demanda. "Boa parte das contratações deve se concentrar nas grandes redes", observa.

"Voltamos ao patamar de 2012, quando foram contratados cerca de 135 mil temporários para cobrir o movimento de fim de ano", lembrou o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em nota oficial.

O salário de admissão deve alcançar R$ 1.205, alta nominal de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma elevação de apenas 0,6% se descontada a inflação.


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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