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Revista Varejo SA - (GO) ( Notícia ) - GO - Brasil - 06-09-2016 - 11:26 -   Notícia original Link para notícia
Especialistas debatem ações para reverter a crise e defendem Henrique Meirelles no comando da economia do Brasil

A%u0300 frente do Ministe%u0301rio da Fazenda, Henrique Meirelles e%u0301 visto pelos especialistas como a pessoa certa para colocar em ordem a economia do Pai%u0301s. Para economistas e empreendedores, o ministro ja%u0301 mostrou ao longo de sua vida profissional ser um gestor capaz de administrar situac%u0327o%u0303es complexas como as que o Brasil vem acompanhando nos u%u0301ltimos anos. Pore%u0301m, ale%u0301m do que ja%u0301 esta%u0301 sendo feito pela atual gesta%u0303o, os conhecedores da a%u0301rea propo%u0303em medidas para que a situac%u0327a%u0303o seja rever da de maneira mais ra%u0301pida, principalmente no setor de come%u0301rcio e servic%u0327os.



Transparência


"Podemos aproveitar esse momento em que o Brasil está revendo questões centrais e olhando para o futuro para repensar uma série de coisas. No setor produtivo, temos insistido nas grandes reformas que ainda não avançaram, principalmente as tributária e trabalhista. Outro ponto essencial é o custo Brasil, um conjunto de entraves ao desenvolvimento econômico, que torna muito difícil a vida do empresário, seja aquele que já está estabelecido ou aquele que está iniciando agora, corajosamente, a vida empresarial. No início do ano, fizemos uma ação aqui na Bahia para chamar a atenção dos governos municipais e estadual para o varejo. Elencamos uma série de ações para evitar um maior número de lojas fechadas e de desemprego. Falamos sobre incentivo, trabalhos em parceria, solicitamos revisão na política de substituição do ICMS, apoio em campanhas de incentivo às compras e uma atenção especial dos governantes às micro e pequenas empresas. Nesse sentido, em seus discursos e propostas até o momento, o ministro Meirelles vem mostrando um caminho para a transparência, controles dos gastos públicos e responsabilidade com o dinheiro, o que agrada não só o mercado interno como os investidores externos, recuperando a confiança de todo o setor produtivo."


Antoine Youssef Tawil, presidente da FCDL Bahia e franqueado da Lacoste em Salvador e Recife.


Caminho certo


"Em pouco tempo de governo transitório, percebemos que a crença e a esperança estão voltando. Os ânimos da sociedade estão mais calmos diante das políticas adotadas, que já sinalizam que estamos em um caminho certo. Mas temos que trabalhar muito para estabelecer um País com uma base sólida de crescimento. O governo precisa, por exemplo, incentivar a produção com políticas inteligentes. Quando a produção é incentivada, resolvemos um gargalo forte que é o desemprego. Se você incentiva as empresas, o comércio volta a produzir, a vender e a gerar emprego. O governo precisa cuidar das empresas que, hoje, estão exauridas. Não tem mais espaço para carga tributária. O que penso é que as políticas precisam ser executadas a longo prazo. Percebo que no Brasil as políticas são desenvolvidas, mas não têm vida. Muda o gestor, muda tudo. É fundamental também uma reforma trabalhista. Somos o único País com um documento que não vale nada. Hoje, um empregado assina um documento e amanhã ele chega na justiça do trabalho pedindo o dobro do que foi acordado. O empresário é visto sempre como transgressor. Esse cenário tem prejudicado muito a nossa atividade, mas ninguém enfrenta, pois representa voto. Então, é preciso coragem para avançar."


Francisco Freitas Cordeiro, presidente da FCDL Ceará e titular da FZ Imóveis.



Cautela


"Ainda estamos vivendo um período de incertezas, tanto a nível econômico como político, que cria uma insegurança nas famílias e nas empresas. Mas o Brasil não é só crise, ainda temos muitas oportunidades que, se bem aproveitadas, poderão nos ajudar a retomar nosso crescimento. Vivemos um momento de transição e como sempre, nesses casos, se exige muita cautela para que sejam tomadas as decisões acertadas. Acredito que se confirmado o novo governo, as reformas estruturais poderão ser aprofundadas e implementadas num curto espaço de tempo. O ideal seria até o final do ano. Logo, teríamos um 2017 com uma retomada mais significativa. Acredito que o governo precisa controlar seus gastos tanto da administração direta como da indireta, que são as fundações, autarquias e empresas públicas. Outro ponto é controlar a inflação. A estabilidade do nível de preços traz consigo a confiança no poder de compra da moeda, somada a uma taxa de juros menor. Esses fatores impulsionam o consumo das famílias e o investimento das empresas. Se o governo conseguir atingir essas metas já estará de bom tamanho. O ministro Henrique Meirelles já mostrou ao longo de sua vida profissional ser um homem com qualidades importantes a um gestor. Ele é confiável e competente para administrar situações complexas como as que estamos vivendo. Observei que suas primeiras ações em termos de política econômica vêm se mostrando adequadas, mas não posso deixar de manifestar preocupação com relação a qualquer tentativa de aumento da carga tributária. Não se pode exigir sacrifício da população se você não der o exemplo, cortando na própria carne."


Analice Carrer, presidente da Caxias do Sul (RS) e diretora da Anay Fitas.


Base Sólida


"Estamos vivendo um momento bastante delicado. E, para que haja uma retomada, o Brasil precisa pensar no mercado interno e no consumo das famílias. Nós estamos acompanhando uma dificuldade gerada, principalmente, pela desconfiança no País. E o grande embaraço que a gente precisa resolver é que tanto empresários como trabalhadores voltem a ter confiança. Os últimos indicadores já demonstram um bom sentimento. Mas só na hora que isso realmente se efetivar é que nós vamos ver o desemprego parar de aumentar. Acho que o grande índice que deve ser observado é, exatamente, a coluna emprego. A hora que isso retomar, o Brasil entrará numa nova fase. Mas essa retomada não vai ser rápida. Até porque se for rápida pode ser artificial de novo. Precisamos de algo mais sólido e temos base para proporcionar isso. Outro ponto fundamental é a estruturação para a concessão de crédito para todos os setores e, principalmente, para o varejo. O crédito é uma excelente ferramenta para auxiliar essa retomada. Esperamos da nova equipe econômica medidas não tão fáceis de serem tomadas, mas que apresentem credibilidade. Todavia, os brasileiros não vão aceitar que, mais uma vez, tenham que fazer a sua parte primeiro. O governo precisa mostrar serviço antes e, caso não seja suficiente, discutir com a população um aumento temporário de tributos."


Roque Pellizzaro Junior, presidente do Conselho de Administração do SPC Brasil.



Retomada lenta


"Quando analisamos o que está acontecendo na economia brasileira, já temos sinais de uma possível retomada. Mas em termos de resultados práticos, isso ainda não é possível observar. O que aprofundou essa recessão foi uma forte crise de confiança, que afetou tanto a indústria como o consumidor. Sem confiança, o empresário não investe e o consumidor posterga a decisão de compra, travando a economia. Daí, nesse primeiro momento, para recuperar esse sentimento, o governo vem agindo de forma correta ao sinalizar melhor o que será feito para ajustar as contas públicas. Mas, acredito, a retomada será de forma lenta. Os primeiros resultados serão vistos, de forma tímida, em 2017. E o ápice dessa recuperação será em 2018. Então, até lá, aconselho empresários e consumidores a agirem de forma cautelosa. É importante evitar linhas de crédito com juros elevados, não agir com impulso e se planejar melhor."


Marcel Caparoz, economista.


Desorganização nacional


"Quem faz a riqueza de uma nação somos nós, os empresários e os trabalhadores. Precisamos dos políticos para organizar o desenvolvimento do País. Mas o que percebemos é que nos últimos tempos eles conseguiram promover uma desorganização. Ou seja, o setor que deveria ajudar, passou a mandar e nós nos tornamos submissos. O negócio empresarial foi desprezado em função do negócio político. Para reverter esta situação, temos de ter técnicos nos cargos públicos e menos políticos. Além disso, é necessário que passemos a ter uma cultura parecida com a dos Estados Unidos. Lá, a população é respeitada e é ela quem fiscaliza as ações do estado. Então, nessa mesma linha, o nosso estado precisa ter as contas abertas. Na hora que isso acontecer vão acabar as maracutaias e sobrará muito dinheiro para o desenvolvimento. Com uma gestão mostrando o motivo e onde o dinheiro está sendo aplicado, vamos acabar com as coisas erradas do nosso País."


, presidente da Belo Horizonte (MG) e sócio da Ferragens Antonio Falci S.A.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Selmi Dei Falci, CDL
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