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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 01-09-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Copom mantém Selic em 14,25% ao ano pela nona reunião seguida

Comitê do BC condicionou um corte na taxa básica ao arrefecimento da inflação de alimentos e ao ajuste fiscal/Divulgação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu ontem manter a taxa de juros em 14,25% ao ano. Foi a nona manutenção consecutiva da taxa. No comunicado divulgado após a decisão, o BC condicionou um corte na taxa de juros ao arrefecimento da alta da inflação de alimentos e à aprovação de reformas, em especial o ajuste nas contas públicas.

O BC ainda destaca que há evidências de que a economia brasileira tenha se estabilizado recentemente e de que há sinais de uma possível retomada gradual da atividade econômica.

Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou 8,74% nos 12 meses encerrados em julho, depois de atingir o recorde de 10,71% nos 12 meses terminados em janeiro.

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Repercussão - Em nota, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, afirma que a decisão do Copom de manutenção da meta para a taxa Selic, novamente, frustra as expectativas da indústria ao vir na contramão de outros dados que estimulam o otimismo para os próximos meses.

Ele aponta que ontem o processo de impeachment foi "finalmente" definido e o País virou mais uma página. Além disso, o IBGE divulgou crescimento de 0,3% da indústria no segundo trimestre de 2016, mesmo com a economia recuando 0,6% no mesmo período", afirma.

"A indústria sente-se cada dia mais confiante para liderar um novo ciclo de crescimento econômico. É o que mostram diversos indicadores de expectativas com relação aos próximos seis meses. Para que a recuperação ganhe corpo, é imprescindível que a taxa de juros básica recue no Brasil. Vale lembrar que há espaço para isso, uma vez que a inflação segue em queda desde o início do ano", diz.

"O Copom tinha a oportunidade de dar início ao tão esperado ciclo de redução da taxa Selic, mas não o fez. É uma pena, tendo em vista que, nos últimos dias, confirmamos que o desemprego no País segue em elevação", afirma.

Ele reitera que o Banco Central mostra-se insensível às prioridades do setor produtivo, mantendo condições desfavoráveis à retomada do investimento no País. "É preciso mudar isso, o quanto antes!", conclui.

O presidente da (/BH), , afirma em nota que o movimento lojista da Capital compreende que a taxa básica de juros é o principal instrumento do governo para conter a pressão inflacionária. "Entretanto, o Banco Central precisa encontrar urgentemente o equilíbrio nas decisões sobre a Selic. De forma que a inflação seja controlada e a redução dos juros seja possível. Assim todo o setor produtivo será fomentado e o País poderá sair do atual cenário de recessão econômica", diz. Com informações da Agência Estado e da Agência Brasil.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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