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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 31-08-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Cresce recuperação de crédito

A regularização das dívidas foi maior por parte das mulheres (56,33%), de acordo com o levantamento/Alisson J. Silva

Os belo-horizontinos tiveram, em julho, uma pequena melhora na capacidade de colocar as contas em dia. No sétimo mês do ano, a recuperação de crédito na Capital teve alta de 0,88%, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH) divulgados ontem. Apesar do percentual positivo, o ritmo em que ocorre a regularização das dívidas ainda é considerado lento por especialistas e o principal responsável é o aumento, na outra ponta, da inadimplência.

A recuperação do crédito é calculada mensalmente, de acordo com a -BH, a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil. E enquanto o primeiro indicador apresentou leve crescimento no mês passado, o número de pessoas inadimplentes na Capital subiu 5,67% em julho, frente ao mesmo período do ano anterior, a maior alta nos últimos três anos nessa base de comparação.

A economista da -BH, Ana Paula Bastos, avalia que com o fim do pagamento das despesas típicas do primeiro semestre, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a capacidade para quitar outras contas melhora naturalmente. Entretanto, ela ressalta que o crescimento do indicador em 0,88% ainda não é motivo para comemoração. ?Apesar desse ligeiro aumento, a recuperação de crédito na capital ainda está fraca. E o motivo para isto é que a inadimplência tem crescido mais do que a regularização de dívidas na Capital, e este é um fator preocupante?, afirma.

Ainda no mesmo intervalo (jul.16/jul.15), a regularização das dívidas foi maior por parte das mulheres (56,33%), com os homens sendo responsáveis pelos 43,67% dos cancelamentos de registros restantes. A economista da -BH explica que o grupo feminino tem mais o hábito de fazer compras de menor valor agregado, ao contrário do sexo masculino, o que facilita a negociação dos débitos em atraso.

Na análise por faixa etária, os belo-horizontinos entre 30 e 39 anos foram os que mais regularizaram a sua situação: 26,4%, seguidos dos consumidores entre 40 e 49 anos (23,37%); de 50 a 64 (22,02%); acima de 65 anos (10,31%); de 25 a 29 anos (9,95%); e de 18 a 24 (7,94%).

Frente a junho, a recuperação de crédito caiu 0,97% em julho. No acumulado do ano, a queda foi ainda mais expressiva, de 4,54%, o que comprova que os consumidores de Belo Horizonte têm encontrado dificuldades para honrar com os compromissos financeiros. A piora nos indicadores econômicos, como inflação e taxas de juros, teria, segundo Ana Paula, contribuído para a retração nessas duas bases de comparação. ?Além disso, a deterioração dos níveis de emprego enfraquece a capacidade dos consumidores em regularizar sua situação financeira?, frisa.

Expectativas - Apesar do cenário adverso, as expectativas quanto aos indicadores econômicos para o segundo semestre são um pouco melhores, o que pode ajudar a inverter essa situação. ?A inflação está começando a dar uma arrefecida, há a possibilidade de a taxa de juros cair, com isso, os investimentos vão voltar a crescer, e aí gera-se emprego, renda, o que dá fôlego para a economia. O segundo semestre é marcado também por renda extra, como o 13º salário, o que ajuda a elevar a recuperação do crédito?, completa a economista.


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